sexta-feira, 10 de agosto de 2012

A CONCRETUDE DA CASA

A casa se esforça em cumprimentos.

Mimética, esconde fissuras e a parede

desbotada do passado; reafirma cores

inexistentes, ilude; ouve as pessoas

dizerem da vida lá fora e lembra

sua construção: a edificação exige

equilíbrio e graça na modificação

dos materiais, na sobreposição

das lajes, no colocar tijolos e no cobrir

o corpo em telhado; a casa conhece

cada pedaço do seu todo: as junções

vitais dos encanamentos e a energia

referida ao uso das utilidades.

(Pedro Du Bois, A CONCRETUDE DA CASA 9, ed. do autor)

Nenhum comentário:

Postar um comentário