Públio José – jornalista
(publiojose@gmail.com)
Uma das piores conseqüências do coronelismo é o personalismo, o culto exagerado à imagem, ao nome, à atuação político/profissional de alguém. O personalismo, além do mais, é filhote perverso, asfixiante, anacrônico, de um processo absolutista, ditatorial, que deságua normalmente na tentativa de imposição – orquestrada por um sistema político, econômico, intelectual ou militar – de um contexto idolátrico em torno de pessoas ou de propostas de natureza diversa. E mais: o personalismo carrega em seu íntimo a semente da ignorância, da insensibilidade, da arrogância, da truculência (embora nem sempre de caráter policialesco, fisicamente intimidatório e agressivo), fatores, por sua vez, suficientemente capacitados a gerar os frutos do alheamento, da alienação, do isolacionismo, da cegueira coletiva, do fanatismo, do puxassaquismo e outros ismos de conteúdo semelhante.
Em suma, o coronelismo – e seus filhotes adjacentes – é praga horrenda, epidemia a deixar marcas e seqüelas de nefastas conseqüências na existência de um povo. Felizmente, no Brasil, analisando a balança, o prato onde se situa o coronelismo está, gradativamente, perdendo peso em relação aos outros fenômenos que acontecem no nosso sistema político, econômico, social. Entretanto, mesmo com o aperfeiçoamento gradual das engrenagens que movem a nação, sempre resta um embrião, um remanescente dessa raça, alguém, portanto, disposto a querer impor sua visão e, conseqüentemente, tirar dela inúmeras vantagens. Olhando para o horizonte atual brasileiro quase não se nota mais a forte presença dos coronéis de antigamente, prova concreta – mesmo que lenta, lentamente – do amadurecimento do nosso sistema democrático. A exceção atende pelo nome de José Sarney.
Quem já foi ao Maranhão sabe do que estou falando. E o pior é que, do solo maranhense, o coronelismo à moda Sarney espalhou-se pelo Brasil. Ocupou o Acre e abancou-se no Congresso Nacional, de onde processa sua influência para alhures e quejandos. Antes, esteve no Palácio do Planalto, período em que usufruiu da presidência da república, e onde se fortaleceu mais ainda, até chegar ao nível de poder que exerce hoje. Mas voltemos ao Maranhão. Lá o nome Sarney está em todo canto, em todas as áreas que detenham algum grau de importância, de exercício de mando. É escola com nome Sarney, é hospital, é clínica, é fórum, é rua, é avenida e mais o que se possa imaginar. É tanto exagero na utilização do nome – como forma de ocupação de espaços – que agora o estômago do organismo de tão empanturrado, de tão embrulhado, de um estágio de engulho passou para o vômito escancarado.
Ou não é assim que acontece com o estômago quando se vê invadido por alimentos em demasia? Inicialmente, um simples enjôo aqui, um pequeno desconforto ali, umas cólicas acolá... Que vão se agigantando, terminando por ocasionar forte ânsia de vômito ou o surgimento de uma baita diarréia. É o que acontece com o Império Sarney. De tanto empanturrar o organismo local, regional e nacional com seu coronelismo bizarro e de alto teor corruptivo, vê-se agora na iminência de ser vomitado da esfera do poder pela indigestão que acomete os organismos onde desfila sua influência. E pode até continuar no poder, como ocorre com aquela pequenina parte do vômito que volta pra barriga. Mas já não é o mesmo alimento; é, na verdade, resto putrefato e indesejado, a ser, mais dia menos dia, forçosamente expelido. Se não em novo vômito, pelo menos na ocorrência de nova diarréia. E a fedentina? Cruzes!!!
(publiojose@gmail.com)
Uma das piores conseqüências do coronelismo é o personalismo, o culto exagerado à imagem, ao nome, à atuação político/profissional de alguém. O personalismo, além do mais, é filhote perverso, asfixiante, anacrônico, de um processo absolutista, ditatorial, que deságua normalmente na tentativa de imposição – orquestrada por um sistema político, econômico, intelectual ou militar – de um contexto idolátrico em torno de pessoas ou de propostas de natureza diversa. E mais: o personalismo carrega em seu íntimo a semente da ignorância, da insensibilidade, da arrogância, da truculência (embora nem sempre de caráter policialesco, fisicamente intimidatório e agressivo), fatores, por sua vez, suficientemente capacitados a gerar os frutos do alheamento, da alienação, do isolacionismo, da cegueira coletiva, do fanatismo, do puxassaquismo e outros ismos de conteúdo semelhante.
Em suma, o coronelismo – e seus filhotes adjacentes – é praga horrenda, epidemia a deixar marcas e seqüelas de nefastas conseqüências na existência de um povo. Felizmente, no Brasil, analisando a balança, o prato onde se situa o coronelismo está, gradativamente, perdendo peso em relação aos outros fenômenos que acontecem no nosso sistema político, econômico, social. Entretanto, mesmo com o aperfeiçoamento gradual das engrenagens que movem a nação, sempre resta um embrião, um remanescente dessa raça, alguém, portanto, disposto a querer impor sua visão e, conseqüentemente, tirar dela inúmeras vantagens. Olhando para o horizonte atual brasileiro quase não se nota mais a forte presença dos coronéis de antigamente, prova concreta – mesmo que lenta, lentamente – do amadurecimento do nosso sistema democrático. A exceção atende pelo nome de José Sarney.
Quem já foi ao Maranhão sabe do que estou falando. E o pior é que, do solo maranhense, o coronelismo à moda Sarney espalhou-se pelo Brasil. Ocupou o Acre e abancou-se no Congresso Nacional, de onde processa sua influência para alhures e quejandos. Antes, esteve no Palácio do Planalto, período em que usufruiu da presidência da república, e onde se fortaleceu mais ainda, até chegar ao nível de poder que exerce hoje. Mas voltemos ao Maranhão. Lá o nome Sarney está em todo canto, em todas as áreas que detenham algum grau de importância, de exercício de mando. É escola com nome Sarney, é hospital, é clínica, é fórum, é rua, é avenida e mais o que se possa imaginar. É tanto exagero na utilização do nome – como forma de ocupação de espaços – que agora o estômago do organismo de tão empanturrado, de tão embrulhado, de um estágio de engulho passou para o vômito escancarado.
Ou não é assim que acontece com o estômago quando se vê invadido por alimentos em demasia? Inicialmente, um simples enjôo aqui, um pequeno desconforto ali, umas cólicas acolá... Que vão se agigantando, terminando por ocasionar forte ânsia de vômito ou o surgimento de uma baita diarréia. É o que acontece com o Império Sarney. De tanto empanturrar o organismo local, regional e nacional com seu coronelismo bizarro e de alto teor corruptivo, vê-se agora na iminência de ser vomitado da esfera do poder pela indigestão que acomete os organismos onde desfila sua influência. E pode até continuar no poder, como ocorre com aquela pequenina parte do vômito que volta pra barriga. Mas já não é o mesmo alimento; é, na verdade, resto putrefato e indesejado, a ser, mais dia menos dia, forçosamente expelido. Se não em novo vômito, pelo menos na ocorrência de nova diarréia. E a fedentina? Cruzes!!!
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