O vereador Enildo Alves (PSB), líder da prefeita Micarla de Souza (PV) na Câmara Municipal de Natal, entende que o vereador democrata Ney Júnior não tem postura de aliado do governo municipal, apesar de ele fazer parte da bancada da posição. Enildo acusa Ney de não defender a prefeitura nos debates da CMN. As declarações foram dadas hoje durante entrevista na FM95.
Com relação às matérias apresentadas em regime de urgência, Enildo disse que não discute o mérito delas, mas a forma como Ney colheu as assinaturas no plenário para transformá-las em urgência. “Ele dizia que estava colhendo assinaturas de matérias de interesse da prefeita. Foi isso que aconteceu e o Projeto de Lei da vereadora Sargento Regina (PDT), que pretende incluir o vale-transporte no contracheque dos servidores e que fere o Regimento Interno da câmara e a Lei Orgânica do município, estavam juntos. Foi isso o que aconteceu e eu me senti enganado”, acusou o parlamentar.
“Não sou desequilibrado, como ele disse, tampouco deixei de ser escolhido presidente da CMN por isso”. Não foi escolhido porque era ligado politicamente a dois amigos: o deputado Rogério Marinho (PSDB) e o atual presidente da Casa, Dickson Nasser (PSB).
O parlamentar também acusa Ney Júnior de jamais ter defendido a prefeita Micarla em plenário. “Ele nunca defendeu Micarla e por isso o destitui da condição de vice-líder da bancada governista”, ressaltou Enildo. “Mas, se a prefeita impuser o nome dele, eu não fico como líder”, ameaçou.
Com relação à acusação de Ney Júnior de que seria um ditador, Enildo rebateu: “Não sou ditador. Brigo pela legalidade, porque o Projeto de Lei da vereadora Sargento Regina é ilegal porque o legislativo não pode tratar de questões que envolvam gastos financeiros do executivo. A Lei Orgânica do município e o Regimento Interno são claros com relação a isso”, ensinou.
“A própria Sargento Regina reconheceu isso em plenário ao vereador Raniere Barbosa. Todo mundo ouviu”, revelou. “A prefeita, em nenhum momento, interferiu na questão”, lembrou.
Interesse pessoal
“Não tenho nenhum interesse pessoal na matéria”, indignou-se. “É preciso acabar com esses projetos demagógicos e quanto ao fato da acusação de eu ter mandado a vereadora Sargento Regina ler mais, foi com relação ao Regimento Interno e a Lei Orgânica, para que ela não apresentasse projetos inconsistentes”, disse, com relação à ameaça da vereadora de solicitar um processo contra ele na Comissão de Ética da CMN, que, aliás, nunca puniu ninguém. (LS).
Foto: Nominuto
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