quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Ney Júnior fica na bancada de Micarla sem reconhecer a liderança de Enildo



Sobre o desentendimento ocorrido ontem, 16, na Câmara Municipal de Natal entre os vereadores Ney Lopes Júnior (DEM) e Enildo Alves (PSB) com relação à votação em regime de urgência de Projeto de Lei de autoria da vereadora Sargento Regina (PDT), que prevê auxilia transporte depositado em folha de pagamento dos servidores da prefeitura, o vereador Ney Júnior, em entrevista ao jornal da 95FM, disse que fica na bancada da prefeita Micarla de Sousa (PV), mas sem reconhecer a liderança de Enildo Alves e conversando diretamente com a chefe do executivo municipal.

Enildo Alves, bastante agitado durante a sessão de ontem, chegou a destituir Ney Júnior da função de vice-líder da prefeita alegando que ele havia inserido o projeto para regime de urgência sem aviso. O que Ney Júnior nega com veemência.

“O que existe são interesses pessoais do vereador Enildo Alves”, disse Ney Júnior. “Micarla nunca me pediu para ser contrário a esse projeto, que não trás prejuízo alguma a Prefeitura de Natal”, completou. “Por isso não volto à condição de vice-líder tendo Enildo como líder”, destacou.

Estratégia

O vereador também disse que a eleição antecipada para presidência da CMN, que elegeu Edivan Martins (PV) foi porque os edis estavam com medo de que Enildo conseguisse ser eleito. “Ele não poderia ser eleito presidente da câmara. É completamente descontrolado, tanto que precisa ser ter uma muleta, ser líder”, acusou o parlamentar. “Por isso o meu contato sempre foi direto com a prefeitura”, revelou.

O parlamentar ressaltou que apesar de não ser infiel ao governo, tinha opinião própria e no caso do projeto da Sargento Regina, era favorável a aprovação. “Sempre defendi minhas idéias”, enfatizou. “Ainda hoje vou conversar com a prefeita Micarla ou com o chefe da Casa Civil, Luciano Barbosa”, disse.

Insatisfação

“Não posso falar por outros vereadores, mas existe insatisfação na bancada pela forma como Enildo Alves exerce o cargo de líder da prefeita”, avisou Ney Júnior, que disse desconhecer se as empresas de ônibus estariam fazendo pressão para a derrubada do projeto, mas reconheceu estranhar tanto empenho de Enildo contra o projeto. “Enildo tem direito de ser contra ou a favor, mas não tem o direito de chamar os servidores da prefeitura de cachaceiros”, encerrou.

Crédito foto: Nominuto

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