domingo, 25 de dezembro de 2011

Virando páginas

Por Simone Sodré

Inevitável a contagem dos anos, dos dias, pra demarcar o incontável: a emoção. Mas seguimos assim, sempre virando páginas como se a vida fosse uma brochura, um caderno, uma apostila. Como se a vida não fosse um longo pergaminho. Mas, funcionamos melhor assim, demarcando, compartimentalizando, evitando as fusões.

Eu penso que o longo pergaminho, na impossibilidade de ser lido, apresenta transparências quando dobrado, e isso deixa aparentes as repetições e facilita algumas fusões. Das fusões a que mais gosto é quando as dobras se fazem de tal maneira que adulto e criança viram uma imagem só e esqueço que me dividi. É quando o antes se une ao depois, num tempo onde nem um nem outro existiriam.
Antes: um dobra do depois?

Por isso não ficamos indiferentes aos dias de fim de ano. É que esperamos iniciar um novo prefácio, esperamos, esperamos, esperamos. Então é  isso _ o porvir _  que mobiliza toda a sequência, não casual , de eventos.

São os rituais que nos move?

Acreditava que o que movia era a inquietação e a dúvida, mas não, são as certezas!

Sendo assim, na absoluta certeza de um novo ano, quero compartilhar com meus amigos a espera de dias lindos, dias de multiplicação, de harmonia, de saúde, de experiências de grandes amores.

Beijos!

Nenhum comentário:

Postar um comentário