terça-feira, 17 de março de 2015

Virgínia Rodrigues abre Projeto Seis e Meia



A cantora Virgínia Rodrigues ​abre a 
temporada de 2015 do Projeto Seis e 
Meia no dia 31 de março, no palco 
do Teatro Alberto Maranhão

O potiguar Isaque Galvão complementa o espetáculo com a sua voz imponente. Os ingressos já estão disponíveis na bilheteria do teatro com o valor de R$50 inteira e R$25 meia.

​Descoberta e apadrinhada por Caetano Veloso em 1995, Virginia Rodrigues saiu de Salvador para conquistar o mundo como “Diva”, hoje ocupa o 1º lugar no ranking de vendas de discos no EUA. É a cantora brasileira que mais se apresentou nas maiores e mais respeitadas casas de shows do mundo, como Carnegie Hall em New York, Albert Hall em Londres, Coliseu de Lisboa, e dezenas de outras espalhadas por todo o mundo, além de ter até hoje, como seu fã número um, o ex-presidente norte-americano Bill Clinton. Virgínia Rodrigues surpreende.

A cantora aprendeu a ler música e teve noções de piano e teoria musical na igreja. E, ao contrário das meninas de sua geração, que davam mais atenção à música pop internacional, Virgínia desenvolveu um interesse especial por música brasileira e pelas cantoras negras americanas, de Billie Holiday a Marian Anderson, de Aretha Franklin a Jessye Norman. Em 1995 foi apresentada a Caetano Veloso por Márcio Meirelles, diretor do espetáculo Bye Bye Pelô, do Bando de Teatro Olodum. Na oportunidade, Virgínia fazia parte do grupo, que ainda contava com nomes como o ator e diretor Lázaro Ramos e Wagner Moura. No final do espetáculo, Virgínia interpretava uma canção triste e melancólica, "Verônica", importante música do cancioneiro popular, durante passagem da peça que contava a história de uma menino de rua que havia perdido alguns membros amputados e vagava sozinho pelas ruas do Pelourinho, em Salvador na Bahia. Ao ouvi-la, Caetano, encantado, assinalou: Virgínia tem uma voz que não faz distinção entre o lírico e o popular, um diamante único a ser lapidado. A aposta do compositor baiano, que acabaria por se tornar seu padrinho artístico, se estendeu à direção artística de três trabalhos da cantora: Sol Negro, Nós e Mares Profundos.

Dois anos depois, logo após o lançamento de seu primeiro trabalho, Sol Negro, Virgínia foi convidada a se apresentar no Palácio da Alvorada, no Distrito Federal, em um show privado durante o encontro dos presidentes Fernando Henrique Cardoso e Bill Clinton, na época presidentes do Brasil e dos Estados Unidos respectivamente. Ao final da primeira canção, quebrando todos os protocolos, Bill Clinton, visivelmente emocionado com o que acabará de ouvir, subiu no palco montado na Alvorada para cumprimentar Virgínia. Desde então, Clinton tornou-se um de seus maiores fãs, e lhe dedicou uma passagem no seu livro de memórias Minha Vida.

A partir daí, a ascensão de Virgínia foi vertiginosa. Apresentando-se nas principais casas de shows do país, a cantora arrancou elogios dos principais críticos e expoentes da música brasileira. Logo em seu primeiro trabalho, contou com as participações de Djavan, Gilberto Gil e Milton Nascimento.Não demorou muito para a baiana levar seu talento para terras estrangeiras.

Quatro anos após lançar seu último disco, Virgínia Rodrigues volta à cena com “Recomeço” pela renomada gravadora Biscoito Fino. Esse último, versa sobre o amor dual, assunto imemorial e onipresente no cancioneiro, e muito discutido na composição. Leia-se desilusão, amor incondicional, saudade, idealização amorosa, desconsolo... Virgínia, como intérprete talhada que é, confere ineditismo a clássicos recorrentes da música brasileira. Seu canto camerístico, aliado à compreensão da canção popular, conferem um novo sentido a poesias de Chico Buarque, como as oníricas Todo Sentimento (com Cristóvão Bastos) e Beatriz (com Edu Lobo); de Vinicius de Moraes, seja com Francis Hime – na pouco conhecida Eu te Amo Amor – ou com Tom, o parceiro ancestral, em pérolas como Por Toda a Minha Vida e Estrada Branca; ou ainda ao grande hino de Dolores Duran, A Noite do Meu Bem. Em tempo, Virgínia Rodrigues prepara seu mais novo Cd, intitulado  ´´Mama Calunga, que será lançado nos dias 24 e 25 de abril de 2015, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, com o patrocínio do  Itaú Cultural.

​SEIS E MEIA​

O Seis e Meia é uma das mais antigas programações culturais contínuas do Brasil, que contabiliza 18 anos de história no Rio Grande do Norte, e foi encerrado em 2012 por falta de recursos. A retomada do projeto este ano é fruto de uma parceria entre a Idearte Produções, de Amaury Júnior, e a Super Star Promoções e Eventos, de William Collier, com o importante apoio do Governo do Rio Grande do Norte, através da Fundação José Augusto e do Teatro Alberto Maranhão.

O projeto continuará com o mesmo formato, sendo realizado duas terças-feiras por mês, com ingressos a preços populares e buscando valorizar o melhor da Música Popular Brasileira da nova e da antiga geração.

Por Lissa Solano

Nenhum comentário:

Postar um comentário