sábado, 29 de junho de 2013
Lançamento do livro “Pedra Só”, do poeta José Inácio Vieira de Melo
O poeta alagoano José Inácio Vieira de Melo vem a Natal lançar na próxima segunda-feira (1º de julho) seu mais recente livro “Pedra Só”, pela editora Escrituras, de São Paulo. O evento começa às 18h e vai acontecer na Academia Norte-Riograndense de Letras (ANRL), que fica na rua Mipibu, no bairro de Petrópolis.
O livro “Pedra Só” será lançado junto ao “O Livro das Revelações”, trabalho coordenado pelo escritor Diógenes da Cunha Lima, presidente da ANRL, no qual faz entrevistas com 23 escritores brasileiros, dentre eles Marco Lucchesi, Ivo Barroso, Ático Vilas-Boas, Antonio Nahud Júnior e o próprio José Inácio Vieira de Melo.
Sexto livro de José Inácio Vieira de Melo, “Pedra Só” é o seu trabalho mais autobiográfico. No capítulo de abertura, que nomeia o livro, traz um longo poema dividido em 27 partes, revestido de tons épicos, flertando com a linguagem bíblica e frequentando os lugares mais recônditos e inóspitos da sua memória, em busca do barro fundamental – a poesia primeva – para fazer a ligação do seu ser com a arte e criar seus poemas.
No segundo capítulo, “Aboio Livre”, além de continuar o movimento de retorno às suas origens, tão presente no capítulo inicial, explora o lirismo de paisagens e personagens arquétipos do Sertão.
A terceira seção é a “Toada do Tempo”, em que usa com mais frequência o verso medido e que situa o poeta dentro do tempo, medindo sua finitude e, paradoxalmente, fazendo-o perceber-se atemporal.
A quarta seção, chamada “Partituras”, é onde aparecem as cantigas e os cânticos de louvor. E, por derradeiro, o capítulo “Parábolas”, em que acentua o surrealismo, criando uma esfera fantástica impregnada de misticismo.
“Pedra Só” tem um primoroso projeto gráfico e conta com imagens do fotógrafo mineiro Ricardo Prado, feitas na Fazenda Pedra Só, e com um perfil do autor assinado pelo jornalista Gabriel Gomes, intitulado “O Poeta e a Pedra. Só”. O texto das orelhas é do poeta Vitor Nascimento Sá, no qual alerta o leitor: “A poesia de José Inácio Vieira de Melo não se estabelece no convencimento racional nem nas prerrogativas de cunho moral, mas na percepção do maravilhoso que é produzido como êxtase e fulguração, descoberta e alumbramento”.
A contracapa traz texto do renomado escritor português Gonçalo M. Tavares, que assim definiu o novo trabalho de José Vieira: “E aqui temos a forte síntese: o solo firme e a imaginação – uma das características essenciais desta ‘Pedra Só’ de José Inácio Vieira de Melo”. No posfácio, além do perfil feito por Gabriel Gomes, há um poema telúrico/metafísico de Elizeu Moreira Paranaguá em homenagem ao Cavaleiro da Pedra Só.
Ramon Ribeiro
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