Fernando Lins
Músico e professor
Realmente não consigo entender muito bem a dosimetria das penas imputadas aos que supostamente cometem algum crime, tanto no direito exercido aqui no Brasil, baseado no direito romano, quanto no direito internacional, usado por países que fazem intercâmbio de valores éticos e morais.
Custa me crer que a bióloga brasileira ativista do Green Peace, Ana Paula Alminhana Maciel, possa ser condenada pela justiça russa, juntamente com seus companheiros ativistas, a quinze anos de prisão por crime de pirataria, por organizar um protesto na plataforma de óleo russa Prirazlomnaya, da estatal Gazprom.
Atente para o detalhe que são ativistas dos cinco continentes, brasileiros, argentinos, neo zelandeses, turcos, australianos, ucranianos, ingleses, canadenses, italianos, finlandeses, dinamarqueses, suecos, franceses, Poloneses, holandeses.
O mundo todo representado num clangor pacífico, sem armas ou qualquer artefato que ponha em risco qualquer vida, que não seja a própria, não se trata de um Ronald Biggs, que assaltou um trem postal pagador em 1963, fugiu para o Brasil em 1970 e permaneceu incólume e indene.
Ou em 1970, nos U.E.A, quando com o consentimento do presidente republicano Richard Nixon, eleito em 1968, cinco pessoas foram detidas no complexo de edifícios e apartamentos em Washington conhecido como Watergate, tentando fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta na sede do Partido Democrata. Caso noticiado pelo Washington Post através dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein.
Por que um ativista se desloca da Argentina ou da Austrália, para o Ártico, do outro lado do mundo na costa do Mar de Pechora? Desculpe-me o trocadilho será só por “pachorra?” Claro que não, poderiam estar na costa do México em Acapulco, bebendo tequila ou na Redinha, comendo ginga com tapioca e uma geladinha que ninguém é de ferro.
Mas eles estão nos mares gelados e bravios, na solidão das usinas nucleares ou nas escuras, úmidas e abafadas minas de carvão. Seria mais justo e sensato que qualquer uma autoridade ou magistrado antes de infligir qualquer tipo de pena, procurasse através dos protestantes e dos protestados o real motivo do impasse? Ou elevar o caso para uma instância internacional, obviamente sem ferir a soberania russa.
A eterna disputa do poder com a consciência humana têm levado a humanidade a holocaustos e catástrofes, não se pode matar uma, duas ou cem formigas, pensando que se vai exterminar o formigueiro, outras formigas virão é uma questão de Hermenêutica.
Músico e professor
Realmente não consigo entender muito bem a dosimetria das penas imputadas aos que supostamente cometem algum crime, tanto no direito exercido aqui no Brasil, baseado no direito romano, quanto no direito internacional, usado por países que fazem intercâmbio de valores éticos e morais.
Custa me crer que a bióloga brasileira ativista do Green Peace, Ana Paula Alminhana Maciel, possa ser condenada pela justiça russa, juntamente com seus companheiros ativistas, a quinze anos de prisão por crime de pirataria, por organizar um protesto na plataforma de óleo russa Prirazlomnaya, da estatal Gazprom.
Atente para o detalhe que são ativistas dos cinco continentes, brasileiros, argentinos, neo zelandeses, turcos, australianos, ucranianos, ingleses, canadenses, italianos, finlandeses, dinamarqueses, suecos, franceses, Poloneses, holandeses.
O mundo todo representado num clangor pacífico, sem armas ou qualquer artefato que ponha em risco qualquer vida, que não seja a própria, não se trata de um Ronald Biggs, que assaltou um trem postal pagador em 1963, fugiu para o Brasil em 1970 e permaneceu incólume e indene.
Ou em 1970, nos U.E.A, quando com o consentimento do presidente republicano Richard Nixon, eleito em 1968, cinco pessoas foram detidas no complexo de edifícios e apartamentos em Washington conhecido como Watergate, tentando fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta na sede do Partido Democrata. Caso noticiado pelo Washington Post através dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein.
Por que um ativista se desloca da Argentina ou da Austrália, para o Ártico, do outro lado do mundo na costa do Mar de Pechora? Desculpe-me o trocadilho será só por “pachorra?” Claro que não, poderiam estar na costa do México em Acapulco, bebendo tequila ou na Redinha, comendo ginga com tapioca e uma geladinha que ninguém é de ferro.
Mas eles estão nos mares gelados e bravios, na solidão das usinas nucleares ou nas escuras, úmidas e abafadas minas de carvão. Seria mais justo e sensato que qualquer uma autoridade ou magistrado antes de infligir qualquer tipo de pena, procurasse através dos protestantes e dos protestados o real motivo do impasse? Ou elevar o caso para uma instância internacional, obviamente sem ferir a soberania russa.
A eterna disputa do poder com a consciência humana têm levado a humanidade a holocaustos e catástrofes, não se pode matar uma, duas ou cem formigas, pensando que se vai exterminar o formigueiro, outras formigas virão é uma questão de Hermenêutica.
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