Simone Sodré / Colunista
simonesodre2003@yahoo.com.br
Pela minha janela, vindo do Vale, entrou uma coruja branca.
Nossa troca de olhares durou os segundos da lâmpada acesa, e foi o tempo da nossa surpresa.
Muito mais que de súbito ela descobriu que não se tratava de um galho de árvore__ era o ratan da cadeira!
Soltei o interruptor e me recolhi ao quarto até o amanhecer.
Ela voara, deixando apenas algumas penas - foi o que pensei -, quando vi o vazio do Vale na grande sala.
Sabiam que até sangrou?
Sim, vi sangue na parede, junto com as penas, e revelo: foi o choro dela que me acordou.
Não sei se estava perdida ou se encontrando. O fato é que ela voou, seguindo o breu.
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