Jornalista
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Em uma decisão polêmica, o juiz Antônio Augusto Galvão de França Hristov, da 1ª Vara Criminal de Itapecerica da Serra (região da Grande São Paulo), mandou para as ruas os policiais militares Moisés Alves Santos, Joaquim Aleixo Neto e Anderson dos Santos Salles, acusados de sequestrar e decapitar o deficiente mental Antônio Carlos Silva Alves.
O fato macabro aconteceu no dia 8 de outubro de 2008, em um bairro da Zona Sul de São Paulo e chocou a cidade logo que foi descoberto. O corpo da vítima, decapitado e sem as mãos, foi achado no dia seguinte, em uma área conhecida pela desova de cadáveres em Itapecerica da Serra.
Em outubro do ano passado, a decisão do júri que os condenou a 18 anos de prisão foi anulada por conta de um pedido feito pelo advogado dos réus, Celso Machado Vendramini, ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Com isso, os acusados que permaneciam presos foram liberados no último dia 09 de fevereiro. Agora, esses senhores aguardarão um novo julgamento, ainda sem data para ocorrer.
O triste de toda essa história é saber que esses meninos de ouro faziam (ou fazem?) parte de um grupo de extermínio conhecido como "Os Highlanders”. Famosos por aterrorizar as periferias de São Paulo e acusados de terem cometido doze mortes. O bando, formado no total por 15 PM´s, é investigado pela Corregedoria da Polícia pela suspeita de utilizar informações do serviço de inteligência do batalhão onde são lotados para extorquir dinheiro de supostos criminosos.
Em 2010, outro grupo de policiais militares de São Paulo foi investigado pela Corregedoria por conta de atos desabonadores. Na época, um grupo de extermínio formado por integrantes das Rondas Ostensivas Tobias de Aquiar, a temida Rota, foi acusado de várias mortes, roubos de carga e extorsão contra civis e militares. Hoje, os processos ainda se arrastam pela Justiça paulistana.
E aqui, em nosso bom e velho Rio Grande do Norte. Será que os homens de bem das forças policias estão na caça aos corruptos que se vendem por tostões, que matam colegas de farda, e que humilham pais de família, estudantes e trabalhadores?
Alguém responde?
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