segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Embarcação japonesa é retirada do fundo do rio Potengi, em Natal


Barco japonês retirado do rio Potengi após 40 anos submerso (Foto: Caroline Holder/G1 RN) 


"Shineimaru" estava submerso há cerca de 40 anos. Companhia Docas do RN estuda o que fará com a carcaça.

Caroline Holder
Do G1 RN

A embarcação de madeira 'Shineimaru', submersa há mais de 40 anos, foi retirada do Rio Potengi no final da tarde deste sábado (22). A Companhia Docas do Rio Grande do Norte (Codern) informou que o barco é japonês e foi apreendido em 1972, por navegar em águas brasileiras sem autorização. O destino da embarcação será decidido nesta segunda-feira (24).



Devido ao alto custo de levá-la ao país de origem, ela foi abandonado pela tripulação. Com o tempo ficou completamente submersa. A retirada do Shineimaru faz parte das obras de revitalização do Porto de Natal.
A operação se estendeu durante todo o sábado, envolvendo dezenas de técnicos e mergulhadores. Ao final do dia foi possível içar a embarcação por completo, trazendo-a de volta a superfície. Para evitar danos ao meio ambiente, o barco permanece suspenso por cabos. Segundo a Codern, a embarcação está conservada, e por este motivo o órgão está estudando qual será a melhor maneira de proceder com o material.

Valdécio lembra do tempo em que a embarcação
navegou no Potengi (Foto: Caroline Holder/G1 RN)
O vice-presidente do Clube Náutico do Potengi, Valdécio Costa, lembra que tinha 17 anos quando a embarcação foi abandonada no porto da capital. Ele conta que a tripulação transportava carga contrabandeada, época em que o Brasil ainda não vivia a abertura econômica.
“Era muito comum os barcos estrangeiros trazerem uísques importados, produtos eletrônicos e até coisas simples, como um guarda-chuva. Este barco era um dos que fazia contrabando aqui na região”, relata Valdécio.
Já o presidente do Clube Náutico do Potengi, Renato Jorge dos Santos, afirma que o barco era pesqueiro. "O Shineimaru trazia peixe para vender na redondeza e foi ficando, até ser totalmente abandonado há cerca de 40 anos", defendeu Renato.

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