Realizada entre os dias 23 e 25
no IFRN Campus Natal –
Central, a segunda edição do
Seminário Internacional
Diálogos com Paulo Freire
propôs discussões em torno do
tema “Ensinar, aprender:
leitura do mundo e leitura da
palavra”.
O evento, que tem realização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN em parceria com IFRN e UFRN, configura-se como um espaço de debates e diálogos que amplificam a discussão em torno do fazer e do refletir pedagógico a partir do pensamento freireano, da ótica libertária que o Patrono da Educação Brasileira, Prof. Paulo Freire, tanto difundiu.
Professoras e professores da rede municipal de educação de Ipanguaçu participaram do Seminário apresentando, nos círculos de cultura, seus trabalhos – reflexo das experiências pedagógicas vivenciadas em sala de aula à luz da teoria freireana e das que com ela dialogam.
A Profª. Aridenis Henrique, coordenadora pedagógica da EM Francisco Florêncio Lopes (Pataxó), propôs reflexões em torno das práticas de alfabetização a partir de processos contínuos de formação continuada mediados pela municipalidade, tendo como foco o GEEMPA e sua própria trajetória como alfabetizadora. Discutindo sobre a interface Letramento – Alfabetização a partir do desenvolvimento de sequências didáticas para ensino da leitura e da escrita, a Profª. Sarah Apoliana, da EM Francisco Targino Nobre (Língua de Vaca), relacionou autores como Paulo Freire e Magda Soares.
A Jovem educadora, a Profª. Sílvia Siqueira dialogou acerca da leitura de imagens como caminho para a leitura do mundo na educação infantil, relacionando o pensamento freireano à experiência com crianças da creche e da pré-escola I em Língua de Vaca. Ela destaca o seminário como uma importante experiência, vez que a educação infantil é a base de tudo.
“Chegar ao seminário já foi uma grande vitória, mas poder falar sobre minha experiência em sala de aula, sobre a importância de levar a leitura para sala de aula da educação infantil não só através da leitura escrita, mas também através da leitura de imagens, de formas, sons, enfim, a leitura de mundo. É uma experiência encantadora, inesquecível e acima de tudo nos fez perceber mais uma vez que a educação infantil que é a base, cabendo a nós professores mediar a leitura para que possamos descobrir novos leitores, pequenos sim, no tamanho físico, mas, grandes em sonhos”, fala a professora que disse ainda orgulhosa em da cidade, “afinal, Ipanguaçu é a cidade que lê!Mas, também é a cidade que nos instiga, nos provoca nos leva, nos apoia a gostar da leitura num todo”, conclui.
A Profª. Adrilene Souza, da EM Adalberto Nobre de Siqueira (Tabuleiro Alto), debateu sobre as relações entre leitura e literatura na escola numa ótica de transformação dos sujeitos, a partir da experiência do projeto “Ler e Sonhar”, que coordena na escola. A Profª. Lidiane Dantas, da mesma instituição, discorreu sobre o processo de escrita reflexiva na educação infantil partindo de um trabalho que desenvolve com suas crianças na escrita do nome próprio, relacionando conceitos de identidade, escrita e leitura de si e do outro. Suscitando o debate sobre o poder de mobilização afetiva e humanizadora do texto literário, principalmente o poético, a Profª. Suelly Oliveira, da EM Profª. Francisca Salete Ribeiro Barreto (Bairro Ilha Grande), apresentou suas reflexões a partir da experiência da sua própria sala de aula com o trabalho de formação literária no ensino fundamental; autores como Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles foram aprendidos pelas crianças. Por fim, a Profª. Aretusa Sales, técnica pedagógica da Secretaria de Educação, incitou o debate em torno do processo de formação inicial do professor de educação básica, tendo como parâmetro articulador o estágio supervisionado vivenciado na licenciatura.
Segundo a Profª. Jeane Dantas, o desejo de apresentar as experiências que desenvolvem em suas salas está dentro do coração de cada educadora e educador. “As professoras representaram Ipanguaçu com intelectualidade e reflexão. As pesquisas têm grande potencial e os resultados positivos refletem o empenho e a dedicação de cada uma. Exemplos para todos os demais educadores da cidade, elas são a prova de que a educação pública pode fazer, e fazer bem, o seu trabalho, educando na cidadania. Apoiamos toda e qualquer iniciativa positiva e incentivaremos o surgimento de novos trabalhos e oportunidades de apresentá-los”, afirmou a secretária de educação.
A secretária adjunta de educação, Profª. Mara Carmelita, esteve também participando e acompanhando o grupo de professoras, que também contou com a presença da Profª. Jaiza Lopes Dutra Serafim e do Prof. Cícero Henrique Rodrigues, na condição de debatedores dos trabalhos nos círculos de cultura.
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