Gaz Tiger, o jipe que os russos querem fabricar no Sul
Roberto Guedes
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Cascavinhando há poucos dias na memória, alguns jipeiros gaúchos se depararam com a lembrança de que seu Estado pode agregar à indústria de veículos 4x4 brasileira a oferta de um jipe grande, com dimensões situadas entre as do Troller e as do norte-americano Hummer, cuja linha de montagem foi desativada recentemente. Trata-se do Gaz, jipe produzido pelo grupo russo Rosboronexport, que há cerca de dois anos estudou vantagens locacionais oferecidas por alguns municípios do Rio Grande do Sul para a implantação de uma linha de montagem voltada para o mercado latino-americano.
Sua escolha teria recaído sobre o município de Santa Rosa, cuja prefeitura se aliou a empresários locais com o objetivo de assegurar as contrapartidas indispensáveis à chegada da fábrica, inclusive uma ofensiva junto ao governo do Rio Grande do Sul e o ministério da Defesa. A Rosboronexport quer lançar inicialmente a versão militar do seu jipe, que fabrica em vários países, e para fundar bem as bases do projeto precisa contar com a perspectiva de vendas às forças armadas do país que a acolherá.
Como dizem gaúchos interessados no empreendimento, além de abastecer as forças policiais e militares do Brasil, o plano também visa a exportação de jipes e picapes Gaz para outros países da América do Sul, que carecem de veículos do gênero desde o fim da Engesa, que faliu em 1993.
Os jipeiros gaúchos estranham que, depois de passar a contar com a colaboração da prefeitura de Santa Rosa, que deveria abri-lhe caminhos no Brasil, os controladores da Rosboronexport tenham feito baixar uma cortina de silêncio sobre seu projeto. Alguns suspeitam de que a empresa o engavetou.
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