Heródoto, o Pai da história dizia que em tempos de paz, os filhos enterram os pais, em tempos de guerra os pais enterram os filhos; hoje em dia com uma guerra civil não declarada, as grandes cidades do Brasil estão vivenciando o adágio do historiador, que nunca soou tão real.
Assistir TV ou ler jornais hoje em dia é como ver um filme de Al Capone ou da Cosa Nostra; penso até em por um pano de chão logo a abaixo da TV, com receio que pingue sangue no chão, Jornais já não os amasso nem os uso para embrulho, pelo mesmo motivo.
Mas brincadeiras à parte, os meios de comunicação estão virando uma verdadeira universidade do crime para os jovens, principalmente da periferia (Infelizmente), que de uma maneira quase escatológica, agem sem escrúpulos, não importando se o fim do mundo para eles será amanhã ou depois.
Há uma verdadeira apologia à violência desde as lutas do Ultimate Fighter, até as insistentes e intermináveis coberturas dos crimes hediondos que assolam as grandes cidades.
É como que de uma maneira quase inconsciente mostrar aos que assistem um modo de burlar a lei, tramar e executar crimes sabendo que não serão penalizados ou cumprirão uma pena reduzida, principalmente os menores de idade, que são aproveitados pelo crime organizado como mão de obra barata e inimputável.
Lembro-me de uma campanha da Rede Globo intitulada “MEXA SE”, que convocava os jovens a praticar esportes e atividades físicas, e não por coincidência, foi nessa época que a Geração Saúde ganhou espaço nas telas das TVs; sendo o marco desse tempo A séria Malhação em cartaz até hoje.
As tragédias estão sendo banalizadas pelos meios de comunicação e ler qualquer peça de Ésquilo ou Sófocles, já não nos causa impacto emocional. Electra, Ajax, Antígona, são como uma revista em quadrinhos, O que dizer de Édipo Rei, o garoto que ao nascer foi acorrentado pelos pés (Daí o nome Edipodos), e que o pai mandou matar para se livrar de uma profecia.
Foi poupado pelo algoz recolhido por pastor e adotado pelo rei de Corinto, ao voltar a Delfos.
Já adulto, matou o pai, casou-se com a mãe furou os próprios olhos e foi morar com a filha em Colono.
A chacina da família Pesseghini em são Paulo, onde o menino Marcelo, supostamente executou o pai, a mãe, a avó, a tia avó e depois se matou, não deve nada a qualquer uma dessas famosas tragédias Gregas; difundir de uma maneira midiática é dar incentivo a mentes desocupadas, que são geralmente a oficina do capeta.
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