Jornalista
Em maio desse ano, a estória de Robin Hood volta às telas do cinema, desta vez, com a direção ágil de Ridley Scott e tendo o astro Russel Crowe interpretando o destemido Robin. Mas e ai, será que 19 anos depois da última grande investida do cinemão americano com a lenda do príncipe da floresta de Sherwood, ainda temos fôlego para agüentar esse novo filme? Será com esse desafio que a Universal terá que lidar daqui a alguns meses. E Ridley Scott e Russel Crowe, será que deixaram as marcas de Gladiador no passado, ou esse Robin Hood vai ser uma cópia do filme sobre o General romano que virou escravo?
Scott é um especialista em recriar épocas, e isso já foi comprovado em várias de suas películas, como é o caso do próprio Gladiador, lançado no ano de 2000, e o futurista Blade Runner, de 1982.
Mas de volta a estória de Robin Hood. Será que a lenda do inglês, real ou não, vai agradar novamente as platéias já extasiadas com o tecnológico Avatar, ou com outros arrasa quarteirões que já estão no ponto para serem lançados na mesma época de Robin? Eu acredito que sim, que o filme de Ridley Scott fará sucesso. E acredito nisso porque a estória de Robin Hood é eterna.
Para este que escreve, sempre terá êxito a fábula que ultrapassou gerações, que desperta no leitor ou no espectador do cinema a concretização de um ideal. E por mais desbotado que isso possa parecer, ideais de fraternidade, de justiça social e de amor, nunca deixarão de correr na imaginação do ser humano.
A lenda de Robin Hood teve início no século XII, quando a Inglaterra ainda dava seus primeiros passos na expansão de seu território. Tempos de invasão moura na Europa. Tempos de obscurantismo na sociedade e na religião. Uma época que pedia heróis. Principalmente heróis para a esmagadora maioria de esfomeados e pobres de tudo que viviam nos feudos, e que tinham que agüentar os desmandos de senhores de terras e fidalgos corruptos.
A lenda de Robin espalhou-se primeiro nas baladas medievais, produzidas por trovadores que pulavam de feira em feira divertindo a população, depois passou aos poemas e chegou ao teatro. A estória foi escrita, ilustrada, e encenada várias vezes. Depois disso, já não se sabe se é lenda ou algo real, mas que definitivamente entrou no imaginário popular.
Agora é aguardar o novo filme sobre o salteador inglês, e esperar que Ridley Scott nos surpreenda com mais essa produção.
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