Não existe nada de novo na política do Rio Grande do Norte. As falas dos candidatos são absolutamente iguais, com algumas variações de tom. Nenhum demonstra um estilo diferente e são poucas as propostas novas em prol dos eleitores.
No campo da disputa pela presidência da República o chavão é sempre com relação à ampliação dos benefícios sociais. Todo mundo querendo imitar Lula que criou várias “bolsas” e conseguiu a unanimidade de aprovação. Talvez a maior da História do planeta.
Aqui no estado a disputa pelo governo reúne uma senadora de primeiro mandato – por que será que ela quer ser governadora antes mesmo de concluir sua primeira passagem pelo Senado Federal? -, que foi aprovada quando administrou a Prefeitura de Mossoró. Aliás, seu melhor argumento para tentar ser governadora.
Depois, outra mulher, Wilma de Faria, candidata ao Senado, que foi governadora e prefeita de Natal. Carrega no currículo um segundo governo medíocre, que ficou muito a dever nos campos da educação e da saúde, embora tenha ficado na lembrança dos natalenses como uma boa prefeita. Por detrás do seu governo, vários escândalos não resolvidos.
Chega também na disputa pelo Senado o experiente José Agripino, que tenta a reeleição e que ficou conhecido nacionalmente porque se revelou como um dos principais críticos do presidente Lula da Silva. Atualmente ele não tem “batido” em Lula. Descobriu que perde votos dos inúmeros beneficiários dos programas sociais do presidente, aliás, a melhor arma de campanha de Dilma Rousseff, que tem discurso insosso e disputa contra a esquálida Marina da Silva e o didático José Serra.
Já o senador Garibaldi Filho, com seu estilo bonachão, pisa em todos os redutos sem nenhum constrangimento. Não apóia Iberê, vota em Rosalba, mas apóia Dilma de Lula, enquanto o seu primo, o deputado Henrique Alves, também apóia Dilma, mas vota em Iberê. A estratégia dos Alves, herdada de Aluizio Alves funciona bem para Garibaldi. O principal objetivo do PMDB é Elegê-lo para depois preparar o caminho para Henrique ser o presidente da Câmara dos Deputados, caso se eleja para o seu 11º mandato. Um recorde.
Para o Governo do Estado vem o experiente Iberê Ferreira, vice-governador que tenta a todo custo equilibrar o jogo, embora esteja ocupando um segundo lugar desconfortável, tento no seu retrovisor o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, que carrega a fama de bom administrador da prefeitura.
Nada muda. São sempre as mesmas pessoas e os mesmos discursos, sorrisos “Colgate”, tapinha nas costas e muitas promessas. Vez por outra uma ou outra liderança surge, mas, diante do poder econômico e das influências dos que já dominam a política há décadas, não conseguem emplacar. Quando isso vai mudar? Ninguém sabe. (LS).
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