quarta-feira, 22 de junho de 2011

TRABALHE MUITO

Hoje pela manhã vi um adesivo em branco e verde na traseira de um carro na rua Jaguarari: “Deixe a mulher trabalhar”, numa clara alusão aos movimentos sociais que difundiram a marca #foramicarla. Fiquei me perguntando: Quem está impedindo a prefeita Micarla de Sousa de trabalhar? O movimento é contra ela enquanto pessoal física ou contra sua administração?
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Enquanto desviava de um imenso buraco travestido de bueiro no cruzamento com a rua Jerônimo Câmara me lembrei do gesto do produtor cultural Nelson Rebouças, que apelou para uma greve de fome, felizmente não concretizada, para receber uma dívida da Fundação Capitania das Artes (Funcarte), desde março de 2010. Aliás, vários produtores culturais estão de mãos estendidas na porta do braço cultural da prefeita, a Funcarte.
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Já no sinal de longa espera no cruzamento com a Mor Gouveia – por não ter a opção de quatro tempos -, me veio à memória a relutância do braço da prefeitura, a Câmara Municipal de Natal, em promover uma investigação acerca dos imóveis alugados pela Prefeitura de Natal. Ora, por que tanta resistência?
A prefeita tem maioria na Câmara Municipal de Natal.
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O fato é que os políticos precisam começar a repensar suas (in) verdades. O verdadeiro quarto poder, que antes era a imprensa, chegou para valer: as redes sociais que não precisam de líderes e não são movidas por arranjos financeiros. No caso específico da prefeita de Natal, que seu marketing imaginou ser o movimento #foramicarla algo pessoal contra ela, todas as ações sugerem “um tiro no pé”, inclusive o tal adesivo que não especifica a origem e nem nome, mas que todos sabem de onde vem por ser absolutamente óbvio, sem criatividade e tentar passar um apelo populista, como se isso viesse da população satisfeita com a atual administração. Nada mais brega. (LS).

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