Walter Medeiros
Jornalista
waltermedeiros@supercabo.com.br
A categoria dos médicos tem sido uma das mais cotejadas pelo comportamento, postura, atos e fatos ligados ao seu trabalho diário no que diz respeito à ética e legislação. À ética, devido ao surgimento frequente de situações que levam os médicos a responderem diante dos Conselhos Nacional e Regionais de Medicina, para explicar ocorrências e reclamações. À legislação, porque muitos dos problemas abordados em processos éticos terminam transformando-se em processos judiciais, levando o Poder Judiciário a se pronunciar, absolvendo ou condenando os profissionais por ações inadequadas ou crimes cometidos.
O Código de Ética é desrespeitado por muitos, basta ver as estatísticas dos Conselhos e os relatos dos livros de ocorrências ou informações que chegam através de pessoas enfermas, parentes e imprensa. Na maioria das vezes esse desrespeito parte de maus profissionais que não deviam fazer parte da categoria, tanto que têm seus registros cassados; como por outros que agem mal e recebem punições menos graves. Nesse caso a norma interna cumpre papel importante na categoria e na sociedade.
Mas é importante observar que o citado código pode, em muitos casos determinar o que os médicos não podem fazer, e para isto estão estipuladas punições, porém uma coisa que o Código de Ética Médica não faz é proibir os médicos de pensar, de ter opinião e defendê-la. Para ter opinião e defendê-la livremente existe a liberdade de expressão em princípio, e a própria Constituição Federal que assegura esse direito não somente aos médicos, mas a qualquer cidadão.
Percebe-se, entretanto, um temor exagerado e assombrado da maior parte da categoria dos médicos em tratar da técnica denominada auto-hemoterapia. Esse temor leva a um clima um tanto medieval para o meio profissional, decorrente das reações autoritárias, truculentas e absurdas do Conselho Federal de Medicina, que proibiu o uso da AHT pelos seus filiados com base em um parecer incompleto, distorcido e cheio de falhas, que devia causar vergonha aos profissionais, pelo mal que a decisão tem feito aos cidadãos há mais de cinco anos.
O fato é que a auto-hemoterapia foi proibida de forma ilegal e a ninguém é dado como digno seguir uma norma que considere injusta. Se a considera injusta, mesmo que cumpra a contra gosto o mais razoável e contestá-la e ajudar a derrubá-la. Os médicos estão cerceados no direito de exercer a arte de curar, mas não estão proibidos de estudar, analisar, avaliar, pesquisar e defender a auto-hemoterapia quando tiverem convicção de que ela é eficaz. Sua eficácia vem sendo comprovada há mais de cem anos, basta acessar toda documentação existente e que teve parte considerável e importante desprezada pelo CFM em seu parecer com a desculpa descabida de que estavam escritos em outros idiomas.
A sociedade brasileira precisa de médicos corajosos, competentes e humanos suficiente para entender a auto-hemoterapia como parte da sua profissão, aplicar, recomenda e defendê-la com base nos fatos inegáveis. Os que assim não agem podem ser considerados desinteressados com o que poderia ser melhor para sua clientela, omissos ou adeptos do grande grupo de médicos que optaram por uma vida de capacho das indústrias farmacêuticas, em troca de dinheiro, presentes ou vantagens sempre decorrentes da desgraça do povo. A auto-hemoterapia não interessa a quem vende os remédicos que os pacientes deixam de comprar.
Precisamos de médicos corajosos, sérios e honestos como Dr. Luiz Moura, Dr. Alex Botsaris, Francisco Rodrigues, Dr. Tarcísio Gurgel, Dr. Luiz Mattoso, Stênio Barros, Gilberto Lopes da Silva Júnior, Marcus Mac-Ginity, Ronaldo João, Júlio Bandeira, Jorge Martins Cardoso, Karina Oliveira Drumond, Alessandra Mandaloufas, Francisco Humberto, Wu Tou Kwang, Alberto Carlos David, Jessé Teixeira, Ricardo Veronesi. É hora de outros tomarem a frente e empreenderem alguma ação no âmbito da categoria ou reforçarem as fileiras dos mercenários.
Sejam quais forem os elementos que tiverem em mãos, cabe aos médicos derrubarem esta ordem enviesada que prejudica a categoria. É hora de externarem um grito de liberdade contra essa injustiça. Defender a auto-hemoterapia por tudo que cada um tem vivenciado em seu ambiente de trabalho será um grande serviço prestado à humanidade. Conclamamos todos os médicos a se manifestarem sobre o assunto, entre eles todos aqueles inúmeros que usam a auto-hemoterapia e estão se dando bem ao cuidarem da própria saúde, os que usam de forma clandestina e sabem que a técnica funciona e os que indicam mesmo sem carimbar e assinar a receita, por saberem que a auto-hemoterapia é eficaz. Liberdade para os médicos.
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