Músico e professor
Invisto-me de uma pleonástica ‘neutra imparcialidade’ para tecer esse comentário; há poucos dias atrás, no interior de Goiás um rapaz foi achado acorrentado à uma moto e segundo ele, durante dois dias arrastou a moto por cerca de quinze metros de distância até a sacola onde os assaltantes a haviam jogado e onde estava o seu celular, com o qual conseguiu ligar para a polícia e ser resgatado do seu infortúnio; quando chegou o socorro e a Polícia Militar, o rapaz estava desidratado e com hipotermia e logo após os primeiros socorros foi levado ao Hospital de Rubiataba (a 220km de Goiânia).
No hospital, o médico que o atendeu, discordou do laudo emitido pela paramédica que prestou os primeiros socorros e pelos policiais que participaram do resgate, afirmando que o rapaz não apresentava lesões nem um estado de desidratação graves, para quem havia passado dois dias acorrentado e ao relento; gerando assim uma desconfiança que fez o delegado da cidade suspeitar da inocência da vítima.
Terça-feira passada, o assistente de arbitragem (Antigo bandeirinha), João Jácome do estado do Acre, errou o Estádio em que iria atuar e ao invés de ir ao Barretão em São Gonçalo a 40 km de Natal, foi de táxi para o Nazarenão em Goianinha a 80km de Natal em rodovias de sentidos opostos; Fazendo com que o árbitro do jogo, Andrey da Silva, fizesse constar em súmula o erro do colega, passivo de penalidade.
Pois bem, ai estão dois exemplos de à quantas anda a desconfiança da Sociedade com seus próprios associados, em minha opinião o médico que atendeu o rapaz em Goiás, teria tão somente que elogiar a excelente condição física do jovem trabalhador que perdeu R$ 1.200,00, sem que supostamente tenha tido algum lucro no fatídico episódio. Há uma quase que necessidade de ventilar uma segunda causa para fatos óbvios, e acredite ou não, o cidadão, assim como esse rapaz, quanto mais simples mais puro.
No caso do bandeirinha, - permitam-me dizer bandeirinha pois auxiliar é dose; que só conseguiu chegar ao Estádio no segundo tempo; há inclusive, por parte do árbitro central uma dupla manifestação de falta de coleguismo, a primeira é que além denunciá-lo em súmula, ainda impingiu-lhe uma atitude pascácia como só os lorpas outrora soíam.
Certa vez o meu Avô, José Canuto de Sousa, ao passar em frente a loja de Sérgio Severo na rua Duque de Caxias, quase em frente ao antigo Banco do Povo, próximo ao atual Procon, No Bairro da Ribeira, admirou um radio Philco holandês que estava na vitrina, quando Sérgio Severo perguntou-lhe se gostaria de adquirir o rádio Papai Canuto (como eu o chamava), disse-lhe que naquele momento não era viável e foi trabalhar, ao chegar em casa estava lá o rádio Philco holandês valvulado com um bilhete assim escrito, “Canuto vi que você realmente gostou do rádio, tomei a liberdade de enviá-lo à sua casa e você pague-o como puder, Sérgio Severo.” E realmente foi pago.
Antigamente um fio de bigode valia por uma promissória, hoje uma promissória não vale um fio de cabelo.
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