domingo, 10 de novembro de 2013

dialética poeira


sob ruínas, amar pode não ser sofrer, sofrer pode não ser chorar. Sob uma luz genuína, amar pode não ser amar. Abaixo do telúrico, quando já se perdeu até o chão, é tREmeNDAMEte empoeirado amar. De posse de todas as coisas que não existem, é triste não amar amar. É triste não amar amar. Rasga o mais íntimo ser o contato tão real, tão pouco impossível. A emergência do eterno é um dialético fim.

simone sodré

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