Paulo Correia
Jornalista
ph-correia@uol.com.br
Esses dias, a empresa de consultoria ECD, especializada em informações sobre o mercado de food service, divulgou uma pesquisa sobre o hábito, cada vez mais comum, de se fazer refeições fora de casa. Nos dados da ECD uma constatação: atualmente 57 milhões de brasileiros comem fora diariamente, e esse número vai pular para 83 milhões até o ano de 2014. E ai, quem são os grandes vencedores dessa corrida para alimentar esse batalhão de brasileiros na hora do café, do almoço e do jantar?
Segundo a pesquisa da ECD, em 2009 esse mercado movimentou R$ 160 bilhões e está esperando um aumento de 12% em 2010. Uma máquina fabulosa de fazer dinheiro e de gerar empregos. Uma máquina que bate fundo em um dos instintos mais primitivos do homem: a fome.
Em meio a tantos restaurantes, bares, casas de comida light, diet e sem agrotóxicos, o consumidor brasileiro vai gastando mais do que pode. Segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o aumento nos cinco primeiros meses de 2010 nos preços do prato de comida já marca 3,40% a mais que o mesmo período de 2009. E esse aumento vai do almoço mais chique e completo até a coxinha de galinha no boteco da esquina.
Segundo os técnicos da ECD, o brasileiro chegará ao ano de 2012 gastando de 28 a 30% de suas despesas com alimentação fora de casa. Nas capitais esses números já são observados pelos consumidores. No Rio de Janeiro e em Belo Horizonte, as duas cidades que mais sofreram com os aumentos de 2009 e 2010, o receio só faz aumentar a indisposição depois da refeição. E não adianta muito uma água com gás para tirar o mal estar.
E por aqui, será que o Rio Grande do Norte também sofre com esses problemas na hora de pagar o lanche? É muito provável que sim, mas as praças de alimentação dos shoppings e as mesas cheias dos restaurantes espalhados pelas cidades são a prova que isso não vai afetar os lucros dos comerciantes. Nem muito menos vai tirar o potiguar desses lugares. Afinal, o corre-corre da vida moderna deixou a refeição caseira e sem pressa para os dias de domingo.
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