A Universidade Federal Rural do Semi-Árido está desenvolvendo novas tecnologias para a produção do melão e da melancia. A pesquisa, que tem o apoio financeiro do CNPq e FINEP, começou há dois anos e já apresenta resultados positivos. Os experimentos são realizados na Horta Didática da UFERSA, localizada no Campus Leste, em Mossoró. Na próxima segunda-feira, 27, a partir das 6h da manhã, os pesquisadores vão realizar a primeira colheita de melão.
Segundo o coordenador do Projeto Modificações Tecnológicas na Cadeia Produtiva do Melão e da Melancia, professor José Francismar de Medeiros, o trabalho que envolve os estudantes de graduação e de pós-graduação da UFERSA, já apresenta resultados. “É importante que o pesquisador apresente para os produtores resultados já comprovados”, explica o professor ao justificar a importância do trabalho.
Entre os resultados dos experimentos desenvolvidos nos últimos dois anos na Universidade Federal do Semi-Árido está a constatação de que algumas cultivares do melão são mais tolerantes a salinidade da água, citando, o exemplo do melão pele de sapo. O professor adianta ainda que a salinidade pode prejudicar o desenvolvimento da produtividade. A parte de pragas e doenças também é estudada na pesquisa da UFERSA.
Os pesquisadores contabilizam outros resultados relacionados a quantidade de nutrientes a ser aplicados nas duas culturas. O manejo agrotécnico com cobertura das plantações com o TNT (Tecido Não Tecido) também vem sendo estudado. “Verificamos que quanto maior o tempo de cobertura, menos pragas na plantação”, informou. Além do tempo de cobertura, a reutilização do TNT é objeto de estudo. “O TNT impede que a abelha faça a polinização, mas sem a polinização não há frutos, então, fomos pesquisar quanto tempo se deve passar a planta coberta”, informou, acrescentando que até a floração a conclusão é de “um maior tempo possível para evitar a aplicação de agrotóxicos”.
No experimento estão em estudo dois cultivares de melão: o Cantalupi e o Caribbing Gold. O plantio foi realizado há dois meses culminado com a colheita na próxima segunda-feira, 27. “Avaliamos como a planta está crescendo, seu potencial de produção, peso, teor de açúcar, polpa e o padrão do fruto produzido”, afirma Francismar. A pesquisa que tem recursos aprovados de R$ 60 mil conta com mais R$ 198 mil para bolsas de pós-doutorado.
O trabalho idealizada pelo Grupo de Pesquisa Manejo de Água e Solo na Agricultura Irrigada , envolve pesquisadores do Departamento de Ciências Ambientais e dos cursos de Pós-Graduação em Fitotecnia, Ciência do Solo e Irrigação e Drenagem. Além do coordenador Francismar de Medeiros, participam do projeto os professores Leilson Costa, a professora Zuleide de Negreiros e a pesquisadora bolsista do Pós-Doutorado, Damiana Cleuma. O projeto conta também com a colaboração dos professores Rui Sales e Elton Araújo. Na próxima etapa da pesquisa serão realizados experimentos com a cultura da melancia.
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