O presidente Lula fala muito. Isso é inegável. Assim como é certo o seu rancor quando a imprensa discorda dele em algum assunto ou fato. A revista Veja desta semana trás uma matéria na página 74 sobre a raiva que o presidente tem hoje do que ele chama de “mídia”, generalizando todas as publicações do Brasil.
Todos os brasileiros bem informados conhecem o estilo do presidente da República, que quando fala não mede as palavras e agora acusa a imprensa de tentar desmobilizar a campanha de sua criação, Dilma Rousseff, que diferentemente dele diz aceitar as críticas com tranqüilidade.
Lula bateu, de acordo com a Veja, pelo menos três vezes contra a imprensa, em discursos, por causa do escândalo da sua vizinha de escritório, a ex-ministra Erenice Guerra, que controlava um grupo de lobistas para angariar dinheiro, com a influência da Casa Civil da Presidência da República. Ela foi demitida por Lula, obviamente por reconhecer a denúncia, também revelada por Veja, após um trabalho de jornalismo investigativo.
Mas, Lula não falou sobre o assunto. Tampouco disse que as práticas de Erenice seriam mais nefastas a candidatura de Dilma do que a repercussão. Para o presidente, que em muitos momentos vem tentando amordaçar a imprensa, o ato da denúncia é muito pior do que o fato, ou pelo menos deixa a entender isso, considerando que esse último escândalo revelado sai das entranhas de uma pessoa da mais alta confiança de sua candidata. (LS).
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