Mulheres negras e pobres não têm voz, afirma Edclea Santos
A assistente social Edclea Santos tem uma ideia genericamente negativa dos políticos. Ela diz que somente de quatro em quatro anos eles prestam um mínimo de atenção para a sua vizinhança, localizada nos arredores de Olinda (Pernambuco). "Aí, chove candidato".
Com as eleições gerais do próximo dia 3, as últimas semanas viraram um verdadeiro dilúvio político. "Tem aqueles que só aparecem, prometem coisas, oferecem dinheiro às pessoas, pegam o seu voto e aí você nunca mais os vê de novo", diz Edclea.
Mas, neste ano, ela faz parte de um projeto que busca valorizar os votos das mulheres, que representam mais da metade do eleitorado brasileiro.
Várias organizações se uniram para ensinar as mulheres de algumas das partes mais pobres de Recife e Olinda a como tirar fotos, escolher os melhores ângulos e cortar as suas imagens.
As melhores fotografias foram transformadas em cartões postais a serem enviados a candidatos, questionando os seus pontos de vista sobre os mais variados assuntos, incluindo aborto, saúde, racismo, crime e violência doméstica.
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