Paulo Correia
Jornalista
Não é de hoje que os jornais divulgam que os terrenos baldios nas cidades da Grande Natal são os locais de desova para crimes muitas vezes sem solução. A região próxima a estação de rádio da Marinha, em Macaíba, e o lixão de Extremoz são dois dos lugares mais utilizados para enterrar os mortos da criminalidade. A pergunta que faço as autoridades públicas é por que a polícia e as próprias prefeituras não investem nessas áreas?
Será que uma limpeza, uma melhor iluminação e uma constante passagem de guarnições policiais nessas áreas não diminuiriam as estatísticas quase diárias nesses campos abandonados? E outra, será que os governantes não sabem que em muitos desses locais moram famílias de agricultores e que essas pessoas muitas vezes correm os mesmos riscos dos que estão prestes a morrer? Ou ninguém se lembra do caso do policial militar que se refugiou numa granja para não morrer nas mãos de um grupo de extermínio esses dias?
O que observo é uma total falta de cuidados com as nossas regiões periféricas. As administrações cobram de seus policiais somente ações nos centros das cidades e esquecem-se das populações que vivem nessas áreas mais afastadas, onde geralmente estão os terrenos baldios. Por que não a criação de um policiamento rural, que ficaria incumbido de vistoriar essas imensas áreas descampadas. A população que mora nessas fazendas e granjas certamente agradeceria ao poder público.
Agora é aguardar da futura governadora Rosalba Ciarlini essa atenção aos limites das cidades. Principalmente nos limites dos municípios que compõem a Região Metropolitana de Natal. Um verdadeiro foco de desovas e crimes sem soluções.
Vamos cobrar.
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