Representantes da Secretaria Estadual da Saúde Pública (Sesap), Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), Ministério Público Estadual, Maternidade Escola Januário Cicco e Sociedade Norte Riograndense de Ginecologia e Obstetrícia estiveram reunidos na Assembléia Legislativa, na manhã desta quinta-feira, dia 02/06, em audiência pública para discussão sobre a “Rede de Atenção Perinatal no Estado e a realidade materno-infantil”.
Hipertensão, hemorragia, infecção e abortamento são as principais causas de morte materna. No Rio Grande do Norte, desde o ano de 2010 até agora, foram registrados 844 casos de óbitos de mulheres em idade fértil (10 a 49 anos), sendo 16 de morte materna declarada. Segundo a presidente do Comitê Estadual de Mortalidade Materna e Neonatal, Maria do Carmo Lopes de Melo, é preocupante o fato de que 90% destas mortes acontecem por causas evitáveis. “Esta realidade mostra uma grave violação de direitos humanos; a morte de uma mãe desarticula toda uma família”.
A Secretária Adjunta da Saúde Pública, Ana Tania Sampaio, apresentou o Plano Estadual de Redução da Mortalidade Infantil, que elege nove municípios do RN como prioritários por terem respondido, entre os anos 2000 e 2006, a 50% dos óbitos infantis. “A Rede precisa dar uma resposta a essas mães, por isso a importância da parceria com municípios e Ministério Público”.
Atualmente os principais desafios enfrentados são evitar a peregrinação das mulheres na hora do parto, garantir o direito à acompanhante (previsto em lei), equipar as maternidades e ampliar os leitos de UTI neonatal, com um acolhimento responsável às pacientes.
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