Diretor da Inframérica fala sobre o Aeroporto de São Gonçalo no Clube de Engenharia
O equipamento, em sua primeira fase, terá capacidade para receber seis milhões de passageiros
Atendendo a convite da diretoria do Clube de Engenharia do Rio Grande do Norte, o diretor regional do Consórcio Inframérica, Ibernon Martins Gomes, falou sobre o projeto, execução e cronograma do Aeroporto de São Gonçalo, dando sequência ao “Ciclo de Palestras Técnicas”, na noite desta terça-feira, 17, na sede do clube, para uma platéia formada principalmente por engenheiros.
Gomes iniciou sua fala demonstrando a estrutura do consórcio e como havia sido despertado o interesse pela concessão e como a empresa tinha conseguido. Depois, falou sobre o prazo de execução da obra, estimado em 36 meses, portanto, considerando o prazo de assinatura da Ordem de Serviço, após a realização da Copa do Mundo de 2014, embora o diretor regional tenha assegurado que o aeroporto seria o “aeroporto da Copa”.
“O Aeroporto Augusto Severo já superou sua capacidade. Quando ele foi ampliado tinha um fluxo de 890 mil pessoas e hoje, dez anos após, passou para 2,5 milhões. O Aeroporto de São Gonçalo, em sua primeira fase, terá capacidade para receber seis milhões de passageiros”, revelou, acrescentando que o terminal do Aeroporto de São Gonçalo terá 40.000 metros, sendo três vezes maior do que o do Aeroporto Augusto Severo.
Demanda
“O aeroporto já nasce compatível com a demanda do Nordeste e será o sétimo do Mundo em tamanho. Essa é a nossa realidade: nascemos com uma imensa capacidade operacional”, enfatizou Ibernon Gomes, ressaltando que somente o estacionamento terá capacidade para 1.500 vagas.
O Aeroporto de São Gonçalo está instalado numa área de 1.500 hectares e operará 24 horas por dia, numa região totalmente agrícola, com pista de 3.000 metros quadrados por 60 de largura, que absorve totalmente a largura do maior avião em operação no mundo, o A380, que tem a envergadura de um campo oficial de futebol.
De acordo com Ibernon o equipamento está localizado numa área altamente favorável com relação a ventos e o nível do mar. “Tudo nesse aeroporto é muito grande”, declarou o diretor regional, enquanto dava detalhes das aeronaves que irão operar em São Gonçalo.
Prazo
“Nós tínhamos até julho de 2012 para a entrega dos projetos básicos, mas fizemos isso antecipadamente, em junho, com tudo entregue no dia 23, quando implantamos a primeira estaca do terminal de passageiros”, informou Ibernon, enquanto relatava detalhes técnicos e operacionais da obra, revelando, também, que o terminal de passageiros seria construído em dois níveis.
O diretor regional do Consórcio Inframérica também fez uma avaliação da queda de vôos internacionais para Natal, atribuindo a isso a questão da variação do preço do dólar. “Claro que também houve acomodações”, criticou, lembrando a vantagem do Rio Grande do Norte estar no que ele chamou de “esquina do Mundo”. Voltando a falar das vantagens da localização do Aeroporto de São Gonçalo, lembrou que muitos vôos não precisariam de reabastecimento para chegar ao RN.
Ibernon Gomes ressaltou a realidade histórica de que um aeroporto influência positivamente em, no mínimo, nove municípios ao redor e que hoje, em Natal, somente existia uma referência em nível de deslocamento e acessibilidade turística: a Via Costeia.
Vantagens
“O RN tem uma matriz de combustível aeronáutico em Guamaré, com capacidade competitiva, perto do Aeroporto de São Gonçalo, o porto de Natal está a apenas 30 quilômetros do equipamento e somos auto-suficientes em gás natural. Além disso, o RN é rico em energia eólica, portando 73% das concessões do Brasil e há apenas 20 quilômetros teremos uma Zona Proteção Exportação (ZPE)”, enumerou o engenheiro Ibernon Gomes, lembrando a vocação turística do estado que tem 400 quilômetros de litoral.
Sobre os possíveis entraves, que ele considera como desafio, frisou algumas questões básicas: O Plano Diretor da cidade de São Gonçalo, onde existe um compromisso que já é Lei e a questão dos acessos, que ele considera mais complicado, mas, que também tem projeto já licitado pela Caixa Econômica Federal, aguardando o início das obras. “Tenho a expectativa que se resolva e hoje eu sofro particularmente com isso”, revelou Ibernon, enquanto mostrava o mapeamento das áreas que receberam as vias de mobilidade. “Soluções existem, basta botar para frente”, cobrou.
Ibernon Gomes mostrou por meio de uma encenação gráfica a enorme demanda nacional e internacional de aviões que sobrevoam as proximidades do RN. “Temos um filé, uma mina de ouro sobre nossas cabeças”, concluiu. (LS).
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