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Guerra é guerra, já dizia minha avó. O governo Lula enfrenta sua mais nova crise. Coincidentemente, na mesma casa em que morou o papa Zé Dirceu – Casa Civil.
Zé foi substituído por Dilma e da administração dela nenhum escândalo aflorou. Pelo menos até agora.
Dilma levou uma vantagem. Nenhum parente dela, até onde eu saiba, utilizou-se daquela importante repartição para nada. Quem é antigo no ramo, como eu e outros, sabemos por ouvir dizer e/ou por testemunhar a desvantagem de ter parentes por perto no cargo público que alguém ocupa. Certa vez uma das minhas filhas tentou aventar a hipótese de eu conseguir uma “colocação” para ela na minha repartição.
- Com muita satisfação – respondi-lhe – para o ano vai haver concurso. Faça o concurso, se passar e, dependendo das regras do jogo, vejo se levo você para o meu gabinete.
Como ela nunca se encorajou para submeter-se ao concurso público, jamais tive qualquer parente por perto.
Em relação à Erenice, acho que ela até demorou em tomar a iniciativa de afastar-se do cargo para que se investiguem as acusações de que ela e o filho estão sendo apontados. Não entro no mérito e espero que as investigações sejam procedidas com total isenção e que afinal se faça justiça. Porém no lugar dela eu afastaria temporariamente não somente ela, mas todo o gabinete, para que não restasse qualquer dúvida de tráfico de influência. Após a apuração, tudo bem, comprovada a inocência dela todos (inclusive ela) seriam reintegrados. Coisa de um mês, mais ou menos, o que é preço até barato para se guardar a honra, a integridade e respeito merecidos.
Mas uma coisa é certa, é um erro manter parentes não concursados rodeando gabinetes tão importantes como o de um ministério, notadamente o ministério da importância da Casa Civil da República.
Que pelo menos isso sirva de lição.
No mais, continua valendo a velha lição dos antigos romanos. Não basta ser honesto, tem que parecer também.
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