Sílvio Caldas (jsc-2@uol.com.br)
Nela não votei. Mas poderei algum dia votar, quem sabe! Por exemplo, se ela mudar de partido e se continuar a me impressionar do jeito como vem fazendo, ou seja, assumir essa postura de estadista.
Pensando calmamente é preciso que se compreenda a situação da política interna que prende a Presidenta, de certa forma, às peias petistas. Afinal, foi decidido o apoio e a indicação que recebeu para estar na posição em que se encontra. Ela precisará de muita habilidade para assumir os princípios que defendeu em campanha, ser ela mesma, sem demonstrar ranços de ingratidão.
Contudo, mais cedo ou mais tarde, pelo andar da carruagem, terá que ocorrer a ruptura, caso ela continue com o comportamento atual.
Em primeiro lugar, não há como se negar a inteligência que lhe é inata, a capacidade administrativa e profissionalismo demonstrado ao longo dos anos que vem ocupando cargos públicos de gerenciamento e comando. Mas por isso mesmo foi louvável e mesmo corajosa a escolha de Lula para indicá-la como sua sucessora.
Sendo Dilma tão talentosa quanto Lula, em relação ao seu discurso de palanque, aliando-se esse talento ao que lhe é inato - o da fama de boa administradora - isso faria dela, de logo, uma das maiores Presidentas que o País já conheceu. E ainda está em tempo. Basta que ela faça um bom curso de oratória.
Mas voltando à realidade do jogo da política, o que eu acho mesmo é que Lula já escolheu Dilma contando com o retorno nos próximos quatro anos.
Porém continuo acreditando que Deus é brasileiro.
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