terça-feira, 29 de novembro de 2011

MÉDICO ALERTA: BRINCAR O CARNATAL, SIM. MAS LONGE DAS DROGAS

Faltam poucos dias para o Carnatal, maior carnaval fora de época do país, evento que mexe com milhares de jovens do nosso estado e de vários outros cantos do Brasil. A festa significa um momento de alegria e descontração, mas nem todos sabem aproveitá-la da melhor forma. É importante estar atento aos riscos que se corre num evento como este. Pular atrás do trio é bom, mas é melhor ainda se o folião mantém distância das drogas.

O psiquiatra Leonardo Barbosa, especialista em Dependência Química, faz um alerta para os jovens e seus pais. As substâncias entorpecentes usadas nos carnavais do país fazem bastante mal, ao contrário do que muitos pensam. Talvez pelo fato de o consumo se dar geralmente só em eventos, tem muita gente que acha que cheirar o “lança perfume” ou o “loló” não causa mal algum. Um engano perigoso.


“Toda droga psicoativa tem alguma interferência em todo o organismo”, ressalta o médico. Como exemplo, ele lembra que o uso de tais entorpecentes pode interferir no sistema cardiovascular, podendo levar a picos hipertensivos e arritmias. O especialista lembra ainda que essas substâncias também têm efeito no fígado e rins, podendo causar hepatites tóxicas ou insuficiência renais.

Segundo o dr. Leonardo Barbosa, é preciso que se dê importância também a efeitos imediatos e não menos nocivos, como desfalecimentos – o que é um risco de traumatismos -, tonturas, visão borrada e alucinações. “Essas drogas são depressoras do sistema nervoso central, por mais que a primeira fase seja euforizante, de excitação”, explicou.

Apesar de ter uso lícito no país, os pais precisam estar ligados no relacionamento de seus filhos com o álcool. Óbvio que se eles não têm ainda dezoito anos, jamais permitir que façam uso. Caso já tenham maioridade, o ideal é a distância, mas se eles já têm contato com bebidas, que o consumo seja moderado, cauteloso. A cultura de se misturar álcool com energéticos também é bastante perigosa, podendo levar a arritmias cardíacas.

“O álcool deixa a pessoa vulnerável para o uso das outras substâncias. Fica vulnerável também a sofrer agressões, a reagir de forma exagerada em determinadas situações. A capacidade de julgamento fica comprometida, e por isso a pessoa corre ainda o risco de fazer sexo sem proteção, aumentando a possibilidade de uma gravidez e de contágio por doenças sexualmente transmissíveis”, enfatizou dr. Leonardo Barbosa.

O psiquiatra lembra que os adolescentes têm a característica de consumir uma quantidade muito grande de álcool em pouco espaço de tempo. São pessoas cujas mentes por si só têm bastante impulsividade e instabilidade e a substância acaba potencializando essas características. “É em grandes eventos que alguém pode oferecer drogas pesadas, como o crack, e apesar de pessoas próximas da gente estimularem, o jovem precisa estar atento a não aceitar. Brincar a micareta não é ruim, mas é preciso ter responsabilidade” disse.

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