A Prefeitura de Ipanguaçu entregou nesta segunda-feira (29) aos moradores de Picada, na Zona Rural, o certificado que declara a comunidade como remanescente de quilombo. O documento, expedido pela Fundação Cultural Palmares (FCP), é fruto do reconhecimento formal oficializado em 27 de outubro de 2010.
De acordo com o prefeito Leonardo Oliveira, o certificado é uma forma de reparação pelas perdas históricas sofridas desde a época dos escravos.
“Esse documento garante prioridade na elaboração de projetos e na captação de recursos para o desenvolvimento cultural da comunidade. Com ele, vamos conseguir ainda mais benefícios na área da saúde, educação e infraestrutura, entre outros. É com grande satisfação e orgulho que entregamos este certificado,” destacou.
Para Luiza Helena, que recebeu o certificado das mãos do prefeito Leonardo Oliveira, o reconhecimento fortalece a cultura local. “Eu me autorreconheço como remanescente de quilombola. Essa é uma conquista que, acima de tudo, fortalece a identidade da comunidade de Picada. Agradecemos a todos que se empenharam para que esse dia chegasse”, disse.
Folclore
A entrega do certificado ocorreu durante o III Festival Municipal de Folclore, no Espaço Cultural da Praça Nossa Senhora de Lourdes. O evento, que teve como tema “Celebrar a vida e o sonho do povo brasileiro”, aliou o resgate da cultura popular brasileira e regional a ações de inclusão social que beneficiaram crianças, adolescentes e jovens do município.
Centenas de pessoas prestigiaram as apresentações culturais, encenadas por alunos das redes municipal e estadual de ensino. “As apresentações demonstraram o talento dos filhos de Ipanguaçu e a cultura do nosso povo. Fortaleceremos sempre a identidade regional, para garantir a continuidade dos nossos costumes e, assim, fortalecendo a cidadania e nossa bagagem cultural”, frisou o prefeito.
Para realizarem as apresentações, os alunos se dedicaram durante um mês à realização de pesquisas e à entrevistas com pessoas da família e idosos da comunidade. Os estudantes também participaram de oficinas de dança e foram incentivados a construir murais informativos para a exposição em suas escolas e no Festival de Folclore.
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