terça-feira, 1 de novembro de 2011

Governadora inicia segunda etapa da vacinação contra febre aftosa

Na manhã desta segunda-feira, 31, a governadora Rosalba Ciarlini, acompanhada do secretário da Agricultura, Betinho Rosado e diversos representantes do setor rural lançaram oficialmente, no Parque Aristófanes Fernandes, a segunda etapa da campanha contra a febre aftosa no Rio Grande do Norte.


Na ocasião, o presidente da Associação Norteriograndense de Criadores (Anorc), Marcos Teixeira, abriu a solenidade convidando a governadora e o secretário Betinho para vacinar dois animais de produtores filiados a entidade. Com o ato, a gestora abriu oficialmente a segunda fase da campanha de 2011, que se estenderá do período de 01 a 30 de novembro.

Logo após a vacinação Rosalba apresentou para os presidentes da Emater, Ronaldo Cruz, Idiarn, Rui Sales, Anorc, Marcos Teixeira, e para o superintendente do Ministério da Agricultura no RN, José Teixeira de Souza Júnior, os trabalhos desenvolvidos para erradicar por completo a febre aftosa no território potiguar. “Estamos fazendo o nosso dever de casa. Queremos que o RN vacine 100% do seu rebanho. E para isso, contamos com o apoio de todos, especialmente da imprensa na divulgação dessa campanha tão valiosa para os nossos criadores.”, ressaltou a governadora.

Risco

Betinho Rosado lembrou que a não vacinação dos animais é um perigo não somente para quem trabalha com a agricultura, mas para toda a economia do Rio Grande do Norte. “Não podemos brincar com essa doença. Ela não atinge somente o nosso rebanho e os produtores rurais, ela fere também a nossa economia e o nosso turismo. Por isso temos que investir mais e mais nessas campanhas de vacinação e contar com a boa colaboração dos criadores”, afirmou.

Um pouco antes da solenidade de abertura, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte, José Álvares Vieira (que por motivo de reunião de trabalho na cidade de Fortaleza não ficou no evento), confirmou que a entidade comprou 15 mil doses de vacinas e que irá disponibilizá-las para os pequenos produtores rurais do estado. “Como em outros anos, acredito que com esse gesto estamos ajudando os nossos produtores. Com as doses da vacina, esses criadores, muitos deles fixados em assentamentos rurais, estarão em dia com a campanha”, explicou Vieira antes da viagem ao Ceará.

Para maiores informações sobre essas vacinas disponibilizadas pela Faern, o pequeno produtor deverá entrar em contato com o sindicato rural de sua cidade.

Febre aftosa

É uma doença causada por sete tipos de vírus, classificados como A, O (o mais comum), C, SAT-1, SAT-2 e SAT-3 e Ásia-1. Ela ataca todos os animais de casco, como os bovinos, suínos, ovinos e caprinos. é uma doença muito contagiosa presente na Europa, América do Sul, Ásia e África.  No Brasil foram identificados 03 tipos: A, O e C. O agente apresenta grande tendência a mutações que originaram numerosos subtipos. A imunidade contra um deles não protege contra os outros, ou seja, se um animal atacado por um tipo de vírus, embora ofereça resistência ao mesmo, é ainda suscetível aos outros tipos e subtipos.

O animal afetado apresenta de começo febre alta, seguida do aparecimento de pequenas vesículas na mucosa, da boca, laringe e narinas e na pele que circunda os cascos, essas vesículas possuem com coloração esbranquiçada contendo líquido incolor ou ligeiramente sanguinolento que quando rompem geram as feridas. O líquido que extravasa das vesículas é altamente contagioso e pode contaminar outros animais. Além disso, o vírus é também eliminado pelas demais secreções e excreções (saliva, sêmen, leite, urina e fezes), contaminando o meio ambiente.

Os prejuízos decorrem da falta de apetite dos animais, emagrecimento rápido, queda da produção de leite, problemas no crescimento e menor eficiência reprodutiva, devido a abortos e infertilidade. Os animais novos podem morrer principalmente por miocardite (devido à infecção do músculo cardíaco). As propriedades que têm animais doentes são interditadas e a exportação da carne e dos produtos derivados torna-se difícil, pois podem estar contaminados. Os animais que se curam tornam-se portadores assintomáticos da doença e colocam em risco novamente o rebanho após a perda da imunidade (seja derivada da doença ou de vacinação) por nascimento ou por compra de animais suscetíveis.

Imunização

Não existe tratamento contra a Febre Aftosa e sim medidas profiláticas específicas pelo uso de vacinas. As vacinas contra a Febre Aftosa no Brasil são trivalentes, preparadas com o vírus O, A e C, inativados e todos os bovinos de 0 a 24 meses devem ser imunizados. A vacinação ocorre de seis em seis meses a partir do 3º mês de idade ou quando o médico veterinário recomendar.

Paulo Correia / AEcoar
Mais informações: 9986-7476

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