quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O destino de Lula

Sílvio Caldas 
(jsc-2@uol.com.br)

       Não gosto de Lula, entretanto discordo daqueles que pretendem se deleitar com o atual estado de saúde do ex-presidente.
       Desejar o mal, a quem quer que seja, jamais será considerado uma virtude.
       Jamais simpatizei com a asquerosa silhueta de Kadaffi, entretanto me enojei com a maneira como o trataram nos seus últimos momentos de vida. Kadaffi tinha tudo para merecer uma morte por meio de uma condenação através de um órgão de Justiça, mas não morrer miseravelmente, como um cão vadio. Um ato desumano.
       Por mais que sejam evidenciados defeitos no nosso ex-presidente e que dele se discorde, não é justo colocar em blogs notas se vangloriando de seu atual estado de saúde. Afinal, todos nós, mais cedo ou mais tarde partiremos, de um modo ou de outro. E quanto mais “importantes” tenham sido nossas vidas aqui na terra, seremos possivelmente mais severamente julgados. Contudo, cabe a Deus o julgamento de cada um de nós.
       Por outro lado, por mais que se discorde dos atos ou atitudes de Lula, ninguém pode lhe tirar o mérito de chegar onde chegou e de governar nosso país por oito anos, colocando-nos enfim no cenário mundial, ele mesmo projetando-se como um líder, apesar dos escândalos internos que obnubilaram seu governo.
       Lula não é nenhum santo, todo mundo sabe disso. Porém jamais será digno de ninguém escarnecer ou menosprezar o estado de saúde dele. Deus é quem sabe. Lula é um homem inteligente, racional e tem sensibilidade bastante para ele mesmo aquilatar os caminhos ou descaminhos de seus atos. Nenhum juiz é melhor do que a própria consciência de cada um de nós. 
       Por enquanto, o mínimo que se pode desejar é que Lula escape do terrível mal que o aflige e que Deus tome conta do resto.

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