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| FOTO: Canindé Soares |
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| FOTO: Canindé Soares |
O estádio está programado para 42 mil lugares, em três níveis, com estacionamento para cerca de cinco mil veículos
Leonardo Sodré
Editor
O Clube de Engenharia do Rio Grande do Norte ficou lotado para ouvir a palestra técnica do engenheiro Demétrio Torres, secretário extraordinário da Copa 2014, que falou sobre todos os aspectos da construção da Arena das Dunas, ressaltando o adiantamento da colocação dos pilares e do muro de contenção, também em fase adiantada.
“Em obras grandes temos que antecipar etapas, que perseguimos a cada momento”, enfatizou Torres. “Lembro que toda a água da chuva irá para um reservatório e servirá para irrigar o gramado. Ou seja, um reuso permanente”, informou. “Os pilares vão receber a estrutura metálica. Antecipamos etapas que estavam previstas para serem feitas no mês de julho”, ressaltou o secretário, que informou já ter gasto na obra mais de sete mil toneladas de cimento.
De acordo com Demétrio Torres a obra está além do cronograma da FIFA e que estava colocando em uso uma visão técnica aprimorada, sempre dando oportunidade a engenheiros recém formados para acompanhar o desenrolar da obra.
Sem endividamento
“O projeto público privado tem algo importante: o Governo do Estado não se comprometeu com endividamento. O contrato é para construir, manter e operar. O operador pode chamar inclusive jogos de pequeno porte porque lá haverá outros atrativos, como restaurantes e lojas”, lembrou o secretário.
Sobre o projeto arquitetônico, Demétrio Torres informou que o estádio está programado para 42 mil lugares, em três níveis, com estacionamento para cerca de cinco mil veículos. Detalhou o encaminhamento das salas, parte VIP, bares e restaurantes, lembrando que a estrutura metálica era independente da estrutura de concreto.
O secretário extraordinário da Copa 2014 encerrou a palestra dizendo que esse tipo de discussão promovida pelo Clube de Engenharia já era para ter acontecido antes. “Somos nós que podemos mostrar soluções. O clube é um diferencial e eu me senti confortável porque sabia que estava sendo entendido durante minha explanação”, enalteceu. “Uma obra desta magnitude é uma corrida de obstáculos que você vai vencendo cada um, enquanto pessoas criam outros”, sorriu. “A Copa 2014 trará legados. A drenagem é um legado e isso está assegurado. Precisamos aproveitar o momento”, ensinou, aproveitando para criticar o Governo Federal que diminuiu impostos para compra de carro novo, que irá aumentar ainda mais os problemas de trânsito.
Depoimentos
O deputado estadual Gustavo Carvalho disse que gostou da iniciativa do Clube de Engenharia em ter iniciado – mensalmente haverá palestras sobre aspectos das engenharias – esse tipo de discussão técnica. “A idéia foi feliz e criativa porque dá a oportunidade de discussões sobre obras estruturantes num fórum criativo, fundamental para chancelar os novos investimentos do Rio Grande do Norte”, concluiu.
Alexandre Mulatinho, secretário de Comunicação do Governo do Estado considerou a iniciativa como fundamental. “O Clube de Engenharia saiu na frente sem ser entidade envolvida com as obras da Copa 2014. Outras entidades podem seguir esse exemplo. Lembro que a Copa também envolve segurança, saúde, turismo, educação, qualificação profissional e todas as áreas têm que estar azeitadas com a sociedade”, desejou, concluindo.
O presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio Grande do Norte (CREA-RN), Modesto Ferreira, disse que a discussão sobre as obras da Copa 2014 era importante. “A iniciativa é importante porque trás a discussão de assuntos técnicos ligados ao desenvolvimento do Rio Grande do Norte”, lembrou. O ex-presidente do CREA-RN, Adalberto Pessoa, partilha do mesmo pensamento. “O Clube de Engenharia voltou a trilhar o caminho correto de juntar engenheiros, arquitetos e agrônomos para esse fim essencial de discutir tecnicamente as obras que irão promover o desenvolvimento do RN”, concluiu.
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