Leonardo Sodré
Jornalista
Foi elucidativo o editorial assinado pelo jornalista Carlos Alberto Barbosa no seu espaço jornalístico http://blogdobarbosa.jor.br , nesta terça-feira, 15, sobre a soberba do ex-prefeito pedetista Carlos Eduardo Nunes Alves, ao mesmo tempo em que o admoestava a vestir as sandálias da humildade, com o título “É preciso deixar a soberba de lado e calçar as sandálias da humildade”.
Barbosa lembrou bem quando escreveu: “Não existe prefeito em férias e tampouco uma eleição não é decidida com base em pesquisas de intenção de voto”. Isso, porque o antigo gestor da terra de Poti se acha eleito diante de algumas pesquisas que não refletem o desejo dos eleitores de Natal. O experiente deputado federal Henrique Alves (PMDB) disse na semana passada que 70% dos eleitores ainda não estão interessados nas eleições de outubro, afirmação feita com base nas mesmas pesquisas realizadas até agora.
Ao longo do editorial Barbosa evolui, de forma sucinta, aos trâmites que levaram as contas de Carlos Eduardo a serem analisadas e votadas – pela aprovação ou não – pelo plenário da Câmara Municipal de Natal, Casa de Leis que ele parece detestar e que agora bate de frente analisando a legitimidade daquele poder de julgar suas contas, atribuindo a isso a um complô “politiqueiro e arbitrário”, com se ele, tal qual um homem de ferro, fosse imune aos deveres de um ex-administrador.
Aliás, Carlos Eduardo revela-se inábil politicamente bem como lembrou o jornalista, dizendo que a sua revolta também atingia a outro candidato a prefeitura. “Carlos atinge também o pré-candidato tucano a sucessão municipal, deputado Rogério Marinho, ao declarar que ele (Marinho) teria externado sem reservas, durante a solenidade que concedeu o título de Cidadão Natalense ao presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), na última quinta-feira (10), que “trabalharia com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) para demover o vereador Ney Júnior (DEM) da ideia de se abster em votações sobre processos de desaprovação de contas”, escreveu o jornalista.
O editorial também recorda as acusações do ex-prefeito à Micarla de Sousa, que segundo ele estaria enviando auxiliares para pressionar o voto dos vereadores.
O fato é que o ex-prefeito Carlos Eduardo Nunes Alves demonstra, diante da soberba que exala, que está muito preocupado com a possibilidade real de não poder ser candidato a sucessão de Micarla de Sousa. As acusações contra alguns parlamentares da CMN e o fato de quase exigir a aprovação do relatório do Tribunal de Contas do Estado, ameaçando entrar na Justiça, caso seja impedido pela Câmara de disputar a eleição, soa como uma chantagem porque, afinal, o seu caso ainda não foi votado.
Barbosinha tem razão. O ex-prefeito precisa urgentemente calçar as sandálias da humildade.
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