segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A Lua cheia da noite de ano novo

Ailton Salviano
Jornalista

Um fato astronômico não muito comum aconteceu nesta noite de Ano Novo – 31 de dezembro de 2009. Entramos em 2010 sob a luminosidade de uma lua cheia especial. Os astrônomos chamam de “Blue Moon” e significa a segunda lua cheia do mês de dezembro. (A primeira ocorreu no dia 2/12). Este fato sempre foi cercado de crendices populares e o termo é discutido há muito tempo.

Em inglês a palavra mês (month) deriva da palavra lua (moon). A explicação pode estar na aparente fase lunar única que acontece a cada mês. (ciclo de 29,5 dias). O episódio de duas luas cheias em um único mês acontece em média a cada 2,5 anos. A coincidência de a segunda lua cheia ocorrer no último dia do ano é fato ainda mais raro. A última vez que isto se deu foi em 1990 e o próximo evento será em 2028.

A expressão “blue moon” tem diferentes conotações em inglês. A música de Elvis Presley, com este mesmo título, exprime tristeza, solidão, melancolia. Dizer que alguma coisa acontecerá numa noite de “blue moon” significa dizer que se trata de algo muito raro ou impossível de acontecer. Para os enamorados, iniciar um romance nesta noite significa uma data mais que especial. Quem sabe, um amor impossível.

Existem algumas histórias do folclore inglês e americano ligadas a esse episódio astronômico. A expressão foi usada pela primeira vez por Shakespeare em 1528 com um significado de algo impossível de ocorrer. Iniciar um conto dizendo: aconteceu numa noite de “blue moon”, pode ser uma lenda, uma história fantasiosa ou algo que nunca existiu.

Independente de todas essas informações curiosas, o final de mais um ano é sempre motivo para uma reflexão sobre as nossas atitudes no ano que se vai e as aspirações e projetos para o ano que chega. Não adiantam votos e desejos que nos chegam por meio de mensagens, se a iniciativa não partir de cada um de nós na busca de dias melhores com mais compreensão e harmonia entre as pessoas.

A comunicação global é fato. O planeta transformou-se numa diminuta aldeia onde as notícias circulam com rapidez jamais vista. Mesmo assim, há o paradoxo de pessoas que participam dessa rede de comunicação, mas vivem enclausuradas em si mesmo. Infelizmente, a solidão existe e não é tão rara como as noites de “blue moon”, apesar das facilidades de contato que o mundo moderno nos apresenta.

Que possamos continuar trocando idéias e nos aproximando com muito mais intensidade em 2010!

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