O jornal Tribuna do Norte completou ontem, 23, sessenta anos de fundação e comemorou com uma palestra do ex-presidente do Banco Central do Brasil, economista Gustavo Franco, que falou sobre as perspectivas da economia brasileira. A palestra de Franco foi uma contestação da vitoriosa política econômica implantada pelo governo do presidente Fernando Henrique, seguida pelos governos do presidente Lula da Silva.
O economista revelou números promissores da economia brasileira e previu que o Brasil seria uma nação rica dentro de 15 anos. Revelou-se um analista otimista e disse que o Brasil precisava apenas imaginar uma forma mais duradoura - com relação a prazos de mercado - para administrar melhor a dívida interna, que atualmente é financiada em curtíssimos prazos. Sobre a questão dos altos juros praticados no País, pelo Banco Central, disse que o Bacen não fixa a taxa de juros.
“O Banco Central do Brasil não fixa a taxa de juros. Ela, a taxa, é governada pela economia e juro alto é conseqüência ainda do tempo da hiperinflação, uma espécie de vírus que ficou”, analisou Franco. Ele citou, também, com relação as altas taxas, a irresponsabilidade fiscal dos municípios, governos estaduais e governo federal. “Quanto mais se gasta além do que se pode isso obriga o Banco Central a subir as taxas para poder regular a oferta de dinheiro. Os PACs e outras medidas são responsáveis por esse tipo de coisa”, criticou.
Findou sua palestra dizendo que o mercado é a expressão da opinião pública. "De quem compra e de quem vende".
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