domingo, 4 de abril de 2010

OUVINDO BLUES

Foto: Simone Sodré

Era como se doesse o peito
que doía.

Como se lhe arrancasse um pedaço
que já não existia.

Era como se não o tivesse chamado de seu.

E não tinha.

Era como se nunca tivesse sido seu.

E não tinha.

Era como se todos os diamantes fossem negros.

Era como se só o seu diamante fosse negro
e fosse negro o tom de seu dia.

Daquele dia.

Em Si
havia
um
jaz.

Simone Sodré

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