Dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Ministério da Saúde (MS) mostram que, no ano de 2010, 40.610 brasileiros foram vítimas fatais de acidentes de trânsito, sendo que 25% delas envolviam motocicletas.
A violência no trânsito reflete diretamente no Sistema Único de Saúde. Segundo dados publicados pelo Ministério da Saúde, em 2010, foram contabilizadas 145 mil internações no SUS causadas por acidentes, 15% a mais do que em 2009. Isso representou um investimento de R$ 190 milhões só em procedimentos específicos no Sistema Único de Saúde (SUS). No período, houve um aumento de 8% no número de óbitos.
Os dados são nacionais, mas retratam a realidade do Rio Grande do Norte, onde apenas no ano passado o número de óbitos totalizou 588, sendo 249 por acidentes de motos. Em nove anos, os óbitos ocasionados por ocorrências com motos cresceram 165% no Nordeste.
O hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), maior unidade de urgência e emergência do Rio Grande do Norte, do início do ano de 2011 até a primeira semana de novembro, atendeu mais de duas mil pessoas vítimas de acidentes de motos. De julho a outubro de 2011, o Centro Cirúrgico do HMWG realizou 329 atendimentos decorrentes de acidentes de trânsito.
No Hospital Dr. Deoclécio Marques de Lucena, em Parnamirim/RN, no último mês de outubro, 203 motociclistas deram entrada em decorrência de acidentes. A unidade hospitalar é referência do estado na realização de cirurgias ortopédicas.
SUS realiza ações para mudar o quadro
O Pacto Nacional pela Redução dos Acidentes no Trânsito – Pacto pela Vida, assinado pelos ministérios da Saúde e das Cidades, pretende estabilizar e reduzir o número de mortes e lesões em acidentes de transporte terrestre nos próximos dez anos, como adesão ao Plano da Década de Ações para a Segurança no Trânsito 2011-2020, recomendação da Organização das Nações Unidas (ONU), com a coordenação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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