Jornalista
paulo.correia@r7.com
Pesquisas publicadas recentemente apontam o nível de rejeição do natalense com a prefeita Micarla de Sousa e a governadora Rosalba Ciarlini. Números que mostram com total clareza a decepção da população da capital do Rio Grande do Norte com as duas gestoras. Uma em final melancólico como administradora e a outra com apenas dez meses de governo.
Ainda de acordo com as pesquisas divulgadas, 69% dos entrevistados estão pouco ou nada interessados no tema eleições municipais. E isso é facilmente comprovado em uma conversa rápida com o dono da banca de jornal, com o vendedor de frutas na feira, com a garota que distribui anúncios nos semáforos e com mais uma infinidade de gente. Os únicos interessados nas campanhas políticas de 2012 são os marqueteiros, jornalistas e os próprios postulantes para algum cargo no ano que vem. Fora essas pessoas, a esmagadora maioria da população está mais focada nos seus assuntos particulares.
E afinal, para que se interessar por um tema tão sujo e corrupto? Por que discutir se Carlos Eduardo Alves será vice de Wilma de Faria ou o contrário? Por que perder tempo debatendo se Felipe Maia está preparado ou não para administrar Natal ou se a prefeita Micarla conseguirá se reeleger? Eles não são todos farinha do mesmo saco? Não são todos bons amigos e fazem essas guerras de mentira somente para melhor repartir o bolo? Por que perder meu sagrado tempo com esses papangus?
O perigo está ai. Se não temos interesse por política e nem observamos os nomes do tabuleiro eleitoral, estaremos fadados a votar eternamente nas mesmas pessoas ou nos testas de ferro indicados pelos coronéis do voto.
Se não mostrarmos um maior interesse pelos nossos representantes nas casas legislativas, seremos eternamente escravos de parasitas travestidos de homens públicos. Temos a obrigação, como cidadãos, de virar essa mesa e acabar de vez com o jogo imundo da política sem compromissos com o social.
E não venham falar que isso é utopia e que nada pode ser feito. Pode sim!
Temos bons nomes disputando o voto nas eleições de 2012. Homens e mulheres que realmente desejam ajudar a sua cidade e a sua imensa população abandonada. Pessoas que entraram na política para somar forças, não para se encastelarem no poder absoluto.
Vamos em frente.
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