sábado, 3 de abril de 2010

Uma Juventude briguenta

Internet


Paulo Correia
Jornalista

No dia 30 de março, véspera do último dia de dona Wilma de Faria na cadeira de governadora do estado, o ritmo de inaugurações de obras estava a mil por hora, com eventos em cidades do interior e a entrega do Caldeirão Cultural de Natal, localizado no espaço do antigo presídio João Chaves, na Zona Norte da capital. Nessa data, a classe artística de Natal vibrou com mais esse espaço. Também foi nesse dia que o repórter Fábio Farias, do Novo Jornal, conheceu a força de alguns membros da chamada Juventude Guerreira do PSB.

Na noite do dia 30, logo depois da inauguração do Caldeirão Cultural, o jornalista escrevia em seu bloco de anotações suas impressões do evento e tentava conseguir umas palavras dos membros da Juventude do PSB para produzir uma matéria para o seu jornal. No momento em que o repórter anotava a placa da van que conduzia os jovens guerreiros, os mesmos resolveram intimidar, e logo depois, socar o inconveniente Fábio. Uma agressão gratuita que mostra uma face conhecida das claques políticas. Uma demonstração do pouco respeito que essas pessoas têm pelo trabalho da imprensa.

Não é de hoje que esses grupos seguem determinadas lideranças políticas e causam tumultos por onde passam. Geralmente são desocupados que por qualquer quantia ou boas doses de cachaça fazem e gritam o que lhes mandarem. Esses são perigosos por tão terem nenhum vinculo com os partidos que estão “representando” em determinado local.

No caso da Juventude do PSB os problemas são freqüentes. Em 2008, durante as reuniões para definir o nome do candidato a prefeito, membros da JG provocaram tumultos na sede do partido, e deixaram toda a cidade atônita com todas aquelas demonstrações de violência.

O caso agora é outro. Não mais de brigas partidárias, mas de ataque direto ao trabalho da imprensa, aos seus profissionais. Uma tapa e um soco que atingiu o repórter Fábio Farias e que doeu em todos nós. Uma afronta a democracia.
 
Agora é aguardar os desdobramentos desse caso, e esperar que esses valentões que bateram e intimidaram o jornalista Fábio Farias sejam punidos. Ou corremos o risco de coisas piores lá na frente.

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