quinta-feira, 14 de abril de 2011
Distribuidoras e postos avaliam solicitação da Prefeitura para redução de preço
Depois de duas horas de reunião realizada na manhã desta quinta-feira (14), a prefeita do Natal, Micarla de Sousa, conseguiu obter o compromisso dos representantes das distribuidoras e dos postos de combustíveis, que apresentarão, em uma nova reunião a ser realizada nesta sexta-feira (15), às 11h30, relatório de viabilidade para redução da margem de lucro no preço final da gasolina em Natal, que hoje custa em média R$ 2,99 o litro.
“Ao mediar essa situação minha única intenção é reduzir o preço do combustível que reflete diretamente na cadeia produtiva da nossa cidade, pois até mesmo quem não anda de carro sofre com esse aumento”, declarou a prefeita Micarla de Sousa. O compromisso de apresentar o relatório foi firmado depois do questionamento da prefeita de Natal, dos representantes da Câmara Municipal, OAB, Ministério Público e sociedade civil sobre a considerada alta margem de lucro das distribuidoras e postos de combustíveis. Foi citado como exemplo, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), que o lucro nas bombas dos postos da Paraíba é de R$ 0,28 centavos e no Rio Grande do Norte é de R$ 0,49 centavos por litro de gasolina vendido ao consumidor final.
Os representantes das distribuidoras presentes, entre elas a BR Distribuidora da Petrobras, Ypiranga e ALE SAT, apresentaram os percentuais de impostos, frete e valor das usinas de álcool e refinarias que compõem os preços que são repassados aos postos de combustíveis. O principal argumento em comum a todas distribuidoras para explicar o aumento de preço da gasolina “foi o repasse da alta do álcool anidro e o reajuste dos 2% do ICMS pelo Governo do Estado. Não houve majoração de preço, somente o repasse dos custos que aumentaram”, segundo falou o representante da BR Distribuidora, Samuel Lopes.
Com base em notas fiscais de compra apresentadas pelos postos, na primeira semana de abril o preço das distribuidoras repassado aos postos está variando da seguinte forma: BR Distribuidora - R$ 2,44; ALE SAT - R$ 2,51; Shell - R$ 2, 48; e Ypiranga - R$ 2,49. De acordo com as distribuidoras, a entressafra e a escassez do álcool no mercado brasileiro provocou um aumento real de R$ 0,13 centavos no valor do produto e o reajuste de 2% do ICMS de R$ 0,5 centavos, totalizando R$ 0,18 centavos de aumento de custo no preço repassado aos revendedores. “Viemos para essa reunião porque também não estamos satisfeitos com esse aumento, porque isso também nos prejudica”, ressaltou Renato Rocha da ALE SAT.
Segundo os representantes das distribuidoras de combustíveis ainda há a estimativa de que a partir da segunda quinzena de abril haja redução no valor do etanol com o início da moagem da cana-de-açúcar nas usinas, mas essa previsão também dependerá da oferta do produto pelas usinas, que atualmente estão produzindo mais o açúcar, produto que está com o preço em alta no mercado internacional.
“Eu parabenizo a prefeita por ter conduzido tão bem essa reunião, colocando o interesse do consumidor acima das distribuidoras e dos postos, sem deixar de respeitar as colocações de cada parte, mas ressalto que a sociedade quer ações concretas e por isso a mobilização por combustível mais barato já vai continuar e se estenderá para outras distribuidoras, além da BR que hoje detém 40% do mercado”, disse o vereador Júlio Protásio.
Participaram da reunião Gustavo Henrique Taveira - Gerente de área da YPIRANGA; Samuel Lopes - Petrobras/RN; Renato Rocha e Lucicleide de Medeiros da ALE SAT; José Augusto Peres – promotor de Defesa do Consumidor; Kalazans Bezerra- Chefe do Gabinete Civil; Lailson Vieira – coordenador geral do Procon/Natal; Eduardo Rocha – representante do Sindipostos; o vereador Júlio Protásio – representando a Câmara Municipal, Liana Maia – representando a OAB/RN e Thalita Moema – representando a sociedade civil.
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