A falta de moradia e o acesso ao mercado de trabalho são os principais desafios enfrentados atualmente
pelos refugiados e solicitantes de refúgio que vivem no Brasil. Esta avaliação foi feita pelo próprios refugiados por meio do Diagnóstico Participativo, um processo de consultas conduzido anualmente pelo Alto
Comissariado da ONU para Refugiados (ACNUR) com a participação das populações sob seu mandato e das agências implementadoras dos projetos do ACNUR.
Neste ano, cerca de 200 refugiados e solicitantes de refúgio
participaram do exerício, que aconteceu em diferentes pontos do país,
como São Paulo, Porto Alegre, Manaus e Rio Branco - entre outras
cidades. Por meio do Diagnóstico Participativo, os refugiados e
solicitantes de refúgio apontam suas necessidades de proteção e soluções
para seus problemas, além de boas práticas, ampliando a participação
deles no planejamento das operações do ACNUR e dos seus parceiros.
Além de moradia e trabalho, temas como educação e documentação também
foram discutidos. Os refugiados e solicitantes de refúgio também
ressaltaram problemas de discriminação e saúde. Durante o exercício, os
refugiados foram divididos em grupos com base em critérios de idade,
gênero e origem.
Os resultados do Diagnóstico Participativo são usados pelo ACNUR e seus
parceiros como insumos para o planejamento estratégico referente ao
período 2012-2013. A reunião de planejamento estratégico reuniu a
Associação Antônio Vieira (ASAV), a Cáritas Arquidiocesana do Rio de
Janeiro, de São Paulo e de Manaus, o Centro de Defesa dos Direitos
Humanos (CDDH) e o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH).
Segundo o Comitê Nacional para Refugiados (CONARE), o Brasil tem hoje
4.500 refugiados. Desses, 64,5% provém da África, 22,4% de países da
América e 10,6% da Ásia.
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