Das cores fujo em descolorido caminho:
a imagem acredita no espelho. Espalho
espantos. Espero a lua infantil da lembrança
e lanço cumprimentos: digo bom dia ao transeunte
e junto meu corpo à fila do aguardado ônibus.
Não pergunto o destino: lamento o ocorrido.
Não me aproximo; conservo a distância
na criação inconstante: o lucro exorbita
a promessa de me manter vazio
em indiferenças. Sem cores ressurjo
amadurecido. Retiro a cortina e na vitrina
não sou a imagem atrás da porta.
(Pedro Du Bois, inédito)
Mais uma vez, caro Sodré, grato pelo destaque. Abraços e bom final de semana. Pedro.
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