De repente, não mora no meu peito,
A poesia que outrora era pulsante,
Que tomava meu corpo a cada instante...
E deixava-me sem razão e sem jeito.
Como o rio transbordando todo leito
Cada verso surgia sempre constante,
Que meu ser transbordava delirante
Revelando minha alma sem conceito.
Hoje busco nos campos de mim mesmo
E perdido, tropeço e ando a esmo,
Procurando a flor da inspiração.
Já cansado, só enxergo o previsível,
E procuro a floresta do sensível,
Mas encontro o deserto coração.
Gilmar Leite
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