sábado, 1 de março de 2014

OBVIEDADE


Procuro a obviedade
do ato na insanidade do fato
recontado na versão amedrontada
da verdade. Minto a certeza
na repetição do gesto. Gasto a vida
em desafios estéreis e me debruço
ao acaso. Com medo entrego
a visão ao fito olho descoberto.
Meu início ciente da contenda
despreza ao largo o objeto
navegado em mares ressacados.
A obviedade se faz porto preso
em armadilhas. A complexidade
reduz os sentimentos ao sentido
do devoluto território aramado
em diversões e festas.

(Pedro Du Bois, inédito)

Um comentário:

  1. Caro Sodré, com votos de bom carnaval, meu muito obrigado. Abraços. Pedro.

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