Temos uma semana até às eleições. Todos, sem exceção, devem estar com as cabeças limpas, “frias” e cientes das suas responsabilidades no dia 31 de outubro de 2010. Informações não faltaram. A internet, apesar do mau uso de alguns, foi um instrumento de inigualável valia no que se relaciona com o andamento político/social no Brasil.
Tínhamos tudo para exercermos nossa cidadania e solidificar a tão sonhada e sofrida conquista da Democracia. É verdade, leitor, o tempo do verbo é esse: primeira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo do verbo Ter.
Por quê? Alguém há de me perguntar. Eu respondo. Nunca, em nenhum lugar do mundo no qual exista democracia, um presidente em pleno exercício tomou a frente de uma campanha política de forma tão rude e ameaçadora. Covarde, até. Lula deixou tudo de lado e partiu, com a delicadeza de um paquiderme andando sobre cristais, para a luta. Colocou sua candidata atrás da sua imagem e saiu em busca dos votos daqueles que dependem do seu assistencialismo e que o colocam em um nível de aceitação nunca visto. Cabe lembrar Sérgio Porto: “A unanimidade é burra!”.
É comum ouvirmos de PTralhas que “aqueles prefeitos e governadores que não apoiarem Dilma ficarão sem recursos do Governo Federal”. Que governo é esse? Só serve para municiar seus “colegas”? O Brasil é maior, Lula. Você traz consigo o ranço dos que foram preteridos em outras situações. Você esqueceu de que na vida as estradas são tortuosas e nem sempre os caminhos tomados nos levam aonde queremos. Você, Lula, faz do jogo político uma coisa pessoal. Completamente inconsequente.
Assisto, ao longe, pessoas que foram por você destratadas em outras campanhas passarem a fazer parte do seu exército. Memória curta, ou o “momento é oportuno”?
Você, Lula, a exemplo de outros que não têm noção dos seus limites, se deixou levar por elogios do tipo “Lula é o cara!”, supostamente dito por Barak Obama.
Você, Lula, protegeu pessoas desqualificadas tipo José Dirceu, Genuíno, são tantos os bandidos que faltaria espaço para relacioná-los. Não estou deixando de lado, apenas poupando os corações dos que respiram dignidade.
Você, Lula, entrará para a História. Não como um grande líder, mas como um grande “amigo”, que jogou sob o tapete as falcatruas montadas por seus correligionários que surgiram ao longo de sua passagem nesse cargo.
Não peça respeito àqueles que o criticam, pois você não sabe o significado dessa palavra.
*Jornalista
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