Diretoria da Faern participa de reunião no Ministério do Trabalho
Foi promovida na última sexta-feira (22) uma reunião proposta pelo Ministério Público do Trabalho visando debater a questão do trabalho escravo no campo brasileiro. Participaram da audiência na sede da Procuradoria, em Natal, várias instituições, entre elas, a Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte, que enviou o seu Gerente Técnico de Aprendizagem Rural, Ubirajara Araújo e o seu assessor jurídico, Caio Túlio Bezerra.
Na reunião, ficou acertado que a Faern, assim como as outras instituições participantes, devem cooperar com o MPT no combate ao trabalho escravo nas Zonas Rurais do Estado, visando com isso, acabar com essa degradante forma de aprisionamento de trabalhadores.
Uma nova rodada de conversas ficou acertada para o dia 22 de novembro no Centro de Treinamento Senadora Kátia Abreu, em Parnamirim, para debater novas ações de combate.
Cidades no RN
Segundo dados do Ministério Público, no Rio Grande do Norte as cidades com maior concentração de trabalhadores enviados para outros estados para trabalharem em regime escravo são Caicó e Currais Novos, na região Seridó.
Palavra da Faern
De acordo com o gerente técnico da Faern, Ubirajara Araújo, a audiência foi um alerta para todos os que estavam presentes e uma convocação importante para a Federação da Agricultura. “Temos uma missão: ajudar o Ministério Público e a polícia para que esse problema não aumente aqui no RN. Temos que combater com todas as forças esse mal. A Faern, como instituição maior da agricultura no estado, tem a obrigação de ajudar”, ressaltou Araújo.
Situação no Brasil
Recentemente, informações divulgadas pelo Ministério Público do Trabalho apontam que a região Sudeste do Brasil passou a liderar o ranking de trabalhadores resgatados em situações idênticas aos mais diferenciados regimes escravos.
Com 1.001 dos 3.571 trabalhadores resgatados, o ponto mais industrializado do país está na frente de locais como Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Nos últimos sete anos, 30,6 mil trabalhadores foram libertados de condições próximas à escravidão em todo o país, segundo dados do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
De acordo com o Código Penal Brasileiro, submeter uma pessoa a trabalhos forçados, a jornadas exaustivas, a condições degradantes e restringir a locomoção em função de dívidas com o empregador ou preposto são práticas que configuram crime.
Integrantes da audiência
Participaram da reunião no Ministério Público do Trabalho em Natal o Ministério Público do Trabalho, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego/RN, Departaemnto de Polícia Rodoviária Federal do RN, Fetarn, Detran/RN, Faern, DER/RN, Ministério Público Estadual e Polícia Militar/RN.
Paulo Correia
Agência ECO de Notícias
Natal RN
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