Jornalistapaulo.correia@r7.com
Ele é um cara bom. Inteligente e sagaz. Sabe conversar sobre diversos assuntos e não se perde no raciocínio, mesmo depois de beber muita cerveja e doses de cana. Fala sobre política, economia e cultura com a mesma desenvoltura e ainda paquera a garota da mesa ao lado falando sobre os ganhadores do BBB. É meu amigo. Eu o tenho em alta cotação. Mas de uns tempos para cá deu para ficar amargo e chato em muitas ocasiões. Uma coisa que ele nunca foi.
Não sei o que é, mas o cara tá ficando sem graça, e isso é uma coisa que nunca faltou na sua personalidade. O bom humor, a simpatia e o charme eram o seu forte. Adorava as conversas animadas que tínhamos em mesas de bar nas tardes de sábado ou nos domingos mais modorrentos, quando resolvíamos tomar umas cervas na praia e observar as meninas desfilarem. Uma mais bonita que a outra. Todas rindo com os nossos gracejos do tempo de papai.
Mas não sei o que aconteceu com o cara de uns tempos para cá, sei lá, parece que ele tomou gosto por criticar os outros, falar grosserias sem o menor pudor e discordar de tudo o que os outros dizem. Se você tá fazendo isso achando que é engraçado meu chapa, pode tirar o cavalo da chuva. Brincadeiras e humor negro são bons. Eu gosto. Mas em todos os momentos não. Assim o bate-papo fica intragável. E outra: nem todo mundo gosta dessas brincadeiras pesadas. Você já foi o rei, o mestre, em saber dosar esse tipo de comentário e sorrir depois. O sarcasmo que você utiliza agora está incomodando.
Nem na viagem que fizemos para Lisboa eu vi você tão chato. E olhe que naquela oportunidade você perdeu a Isaura para o Samuca. Foi reclamação o tempo todo e desejos de voltar para o Brasil. Mas mesmo naquele tempo você soube rir da situação. Quando viu que a Isaura começou a querer mandar no Samuca. Lembro quando você disse que tinha pulado uma fogueira grande. Uma fogueira que começava no Brasil e se estendia até Portugal.
Não sei se estou sendo duro com você meu velho. Quero acreditar que não. Quero acreditar que você irá ler essa carta e pensará no assunto. Que refletirá sobre o que escrevi.
Gosto muito de você e tenho certeza que a nossa amizade é firme. Não gostaria de perder a camaradagem de nossas conversas, mas também não gosto dessa sua cara fechada.
Não sei meu chapa, mas acredito que você está com a síndrome daquele sujeito da canção Cara Valente, do Marcelo Camelo.
Fique assim não bicho.
Vá com calma.
Não sei o que é, mas o cara tá ficando sem graça, e isso é uma coisa que nunca faltou na sua personalidade. O bom humor, a simpatia e o charme eram o seu forte. Adorava as conversas animadas que tínhamos em mesas de bar nas tardes de sábado ou nos domingos mais modorrentos, quando resolvíamos tomar umas cervas na praia e observar as meninas desfilarem. Uma mais bonita que a outra. Todas rindo com os nossos gracejos do tempo de papai.
Mas não sei o que aconteceu com o cara de uns tempos para cá, sei lá, parece que ele tomou gosto por criticar os outros, falar grosserias sem o menor pudor e discordar de tudo o que os outros dizem. Se você tá fazendo isso achando que é engraçado meu chapa, pode tirar o cavalo da chuva. Brincadeiras e humor negro são bons. Eu gosto. Mas em todos os momentos não. Assim o bate-papo fica intragável. E outra: nem todo mundo gosta dessas brincadeiras pesadas. Você já foi o rei, o mestre, em saber dosar esse tipo de comentário e sorrir depois. O sarcasmo que você utiliza agora está incomodando.
Nem na viagem que fizemos para Lisboa eu vi você tão chato. E olhe que naquela oportunidade você perdeu a Isaura para o Samuca. Foi reclamação o tempo todo e desejos de voltar para o Brasil. Mas mesmo naquele tempo você soube rir da situação. Quando viu que a Isaura começou a querer mandar no Samuca. Lembro quando você disse que tinha pulado uma fogueira grande. Uma fogueira que começava no Brasil e se estendia até Portugal.
Não sei se estou sendo duro com você meu velho. Quero acreditar que não. Quero acreditar que você irá ler essa carta e pensará no assunto. Que refletirá sobre o que escrevi.
Gosto muito de você e tenho certeza que a nossa amizade é firme. Não gostaria de perder a camaradagem de nossas conversas, mas também não gosto dessa sua cara fechada.
Não sei meu chapa, mas acredito que você está com a síndrome daquele sujeito da canção Cara Valente, do Marcelo Camelo.
Fique assim não bicho.
Vá com calma.
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