Falta de infra-estrutura, dificuldades de mão de obra, gargalos que afetam a produtividade da indústria e dos serviços que, ressalte-se, não dependem das empresas, são exemplos de fatores que contribuem para o Custo Brasil. Este índice encarece, em média, 36% o preço do produto brasileiro em relação aos fabricados na Alemanha e nos Estados Unidos, o que torna o país menos competitivo no mercado mundial
Somado ao câmbio valorizado, o custo ajuda a explicar a tendência de especialização cada vez maior do País em exportar produtos primários e semimanufaturados e de importar mais produtos de maior valor agregado e de tecnologia avançada. A conta é inédita e foi elaborada pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Foram levados em conta oito fatores para compor o valor de mais de 36%: impacto dos juros sobre o capital de giro, preços de insumos básicos, impostos não recuperáveis na cadeia produtiva, encargos sociais e trabalhistas, logística, burocracia e custos de regulamentação, custos de investimento e custos de energia.
O deputado federal Rogério Marinho chamou atenção para o assunto na Câmara dos Deputados. Segundo ele, estamos reafirmando a velha política de um País exportador de produtos primários e importador de produtos de valor agregado e tecnologia avançada. Segundo ele, o resultado é uma espécie de desindustrialização do País.
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